A cada dia que se
passa, novas matérias a respeito do jogador oscar (me recuso a
escrever seu nome com inicial maiúscula. Ou é isso, ou é um
palavrão) aparecem para nos aporrinhar e aborrecer mais. Mesmo sendo
a nosso favor. É um caso que já nos deixou extremamente cansados e
irritados. Ponto.
Ontem, quinta-feira, 26/04, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Guilherme Caputo Bastos, concedeu um Habeas Corpus que permitiria oscar a jogar futebol onde quisesse. No caso, no interegional.
Essa decisão abre precedentes para que qualquer jogador de qualquer time possa romper seu contrato com o atual clube e assinar com qualquer outro, sem pagar a devida multa rescisória, simplesmente por estar insatisfeito com tal time. Lindo, não é? Este é o Brasil, terra dos jeitinho e da pizza.
O clube do sul, seus advogados e o empresário do garoto justificam que o São Paulo obriga o jogador a atuar pelo time paulista custe o que custar, mesmo o jogador externando o seu interesse em parmanecer no clube gaúcho e não voltar para o time paulista. E ainda por cima classificam isso como "trabalho escravo". E eu classifico essa justificativa como demagogia. Nada mais.
Alegam que o jogador tem o direito de escolher onde queira trabalhar. E que a decisão pró SPFC está impedindo que o jogador atue normalmente em jogos e ainda impede sua convocação para as Olimpíadas em Londres pela Seleção Brasileira de Futebol. Inclusive, é disso que trata o terceiro argumento do advogado do jogador para que conseguisse tal habeas corpus, reproduzido pelo Birner em seu blog no UOL (leia mais aqui): "A denúncia do STJD contra o Inter e seu presidente poderá causar o rompimento contratual com o Colorado, prejudicando o jogador, que ficará desempregado e sem meios de se manter".
Ora, como desempregado? Como impede o jogador de trabalhar? Como impede o mesmo de se manter? O jogador teve o seu contrato junto ao São Paulo revalidado, logo, está empregado. Tem vínculo com o Clube Paulista. Pode jogar quando quiser, pois está liberado para jogar qualquer partida em qualquer campeonato pelo Tricolor. E, mesmo sem atuar, está recebendo em dia o seu salário. Inclusive com valores corrigidos. Em suma, não está desempregado, nem impedido de trabalhar, e pode se manter, já que está recebendo seus salários normalmente.
O quinto argumento para conseguir o habeas corpus é até engraçado. Diz o seguinte: "Diante de rescisão contratual, a única consequência possível é o pagamento da multa, pois não se admite obrigar alguém a trabalhar para empregador que não o de sua escolha, o que caracterizaria 'trabalho forçado'". Ora, isso é verdade. Mas, no caso, o São Paulo é quem teve o contrato rompido ilegalmente sem ter recebido a rescisão contratual. E que o clube gaúcho só quis pagar agora, após o imbróglio ter se voltado contra eles. E queriam pagar uma merreca e faturar absurdos em cima de um jogador FORMADO e INVESTIDO nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube. O São Paulo ainda deu um prazo de 9 (noventa) dias para que o jogador pensasse com mais calma e paciência e escolhesse o melhor para si. Onde está havendo trabalho forçado aqui? O Tricolor Paulista está exigindo que o jogador tenha responsabilidade e bom senso para CUMPRIR um contrato de trabalho aceito e assinado pelo mesmo.
Não há dúvidas de que o jogador começou a ser mal acessorado pelo atual "empresário" (entre aspas, você sabe por quê) e agora pelo time do sul de forma leviana. Permitir que o oscar rompa seu contrato com o São Paulo sem o clube receber sua idenização apoiada pela rescisão contratual e seja contratado por quem bem entender permite que qualquer jogador de qualquer base de qualquer time brasileiro possa fazer isso. Não gosta do clube? Peço ao meu agente para me colocar em outro. Simples assim. Pouco importa o quanto o clube gastou e investiu em mim. O que prevalece é a minha vontade.
E assim, como diz Cazuza, "transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro. E assim nos tornamos brasileiros".
Saudações Soberanas.
Marcos Rangel
@rangelsrn
Ontem, quinta-feira, 26/04, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Guilherme Caputo Bastos, concedeu um Habeas Corpus que permitiria oscar a jogar futebol onde quisesse. No caso, no interegional.
Essa decisão abre precedentes para que qualquer jogador de qualquer time possa romper seu contrato com o atual clube e assinar com qualquer outro, sem pagar a devida multa rescisória, simplesmente por estar insatisfeito com tal time. Lindo, não é? Este é o Brasil, terra dos jeitinho e da pizza.
O clube do sul, seus advogados e o empresário do garoto justificam que o São Paulo obriga o jogador a atuar pelo time paulista custe o que custar, mesmo o jogador externando o seu interesse em parmanecer no clube gaúcho e não voltar para o time paulista. E ainda por cima classificam isso como "trabalho escravo". E eu classifico essa justificativa como demagogia. Nada mais.
Alegam que o jogador tem o direito de escolher onde queira trabalhar. E que a decisão pró SPFC está impedindo que o jogador atue normalmente em jogos e ainda impede sua convocação para as Olimpíadas em Londres pela Seleção Brasileira de Futebol. Inclusive, é disso que trata o terceiro argumento do advogado do jogador para que conseguisse tal habeas corpus, reproduzido pelo Birner em seu blog no UOL (leia mais aqui): "A denúncia do STJD contra o Inter e seu presidente poderá causar o rompimento contratual com o Colorado, prejudicando o jogador, que ficará desempregado e sem meios de se manter".
Ora, como desempregado? Como impede o jogador de trabalhar? Como impede o mesmo de se manter? O jogador teve o seu contrato junto ao São Paulo revalidado, logo, está empregado. Tem vínculo com o Clube Paulista. Pode jogar quando quiser, pois está liberado para jogar qualquer partida em qualquer campeonato pelo Tricolor. E, mesmo sem atuar, está recebendo em dia o seu salário. Inclusive com valores corrigidos. Em suma, não está desempregado, nem impedido de trabalhar, e pode se manter, já que está recebendo seus salários normalmente.
O quinto argumento para conseguir o habeas corpus é até engraçado. Diz o seguinte: "Diante de rescisão contratual, a única consequência possível é o pagamento da multa, pois não se admite obrigar alguém a trabalhar para empregador que não o de sua escolha, o que caracterizaria 'trabalho forçado'". Ora, isso é verdade. Mas, no caso, o São Paulo é quem teve o contrato rompido ilegalmente sem ter recebido a rescisão contratual. E que o clube gaúcho só quis pagar agora, após o imbróglio ter se voltado contra eles. E queriam pagar uma merreca e faturar absurdos em cima de um jogador FORMADO e INVESTIDO nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube. O São Paulo ainda deu um prazo de 9 (noventa) dias para que o jogador pensasse com mais calma e paciência e escolhesse o melhor para si. Onde está havendo trabalho forçado aqui? O Tricolor Paulista está exigindo que o jogador tenha responsabilidade e bom senso para CUMPRIR um contrato de trabalho aceito e assinado pelo mesmo.
Não há dúvidas de que o jogador começou a ser mal acessorado pelo atual "empresário" (entre aspas, você sabe por quê) e agora pelo time do sul de forma leviana. Permitir que o oscar rompa seu contrato com o São Paulo sem o clube receber sua idenização apoiada pela rescisão contratual e seja contratado por quem bem entender permite que qualquer jogador de qualquer base de qualquer time brasileiro possa fazer isso. Não gosta do clube? Peço ao meu agente para me colocar em outro. Simples assim. Pouco importa o quanto o clube gastou e investiu em mim. O que prevalece é a minha vontade.
E assim, como diz Cazuza, "transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro. E assim nos tornamos brasileiros".
Saudações Soberanas.
Marcos Rangel
@rangelsrn