12 de jun. de 2014

Vitória sofrida na estreia acalma a torcida e mostra a força da equipe



A festa estava pronta, o estádio lotado, o hino foi cantado com foi pedido pelos jogadores. As expectativas eram as melhores possíveis, com o crico todo armado só restava a Neymar & Cia. jogarem bola. Mas nos primeiros minutos de jogo o futebol da equipe brasileira não foi visto, a Croácia pressionou o tempo todo e conseguiu criar as melhores chances e teve maior domínio das chances. O jogo que estava ruim para a equipe canarinho só piorou após o gol contra de Marcelo, como previsto por Niko Kovac, treinador da equipe croata a pressão deu certo e não demorou muito para a torcida pressionar a equipe. Não demorou muito para a equipe acordar no jogo e ir mais para cima, as chances começaram a aparecer. Em uma delas a estrela de Neymar e Oscar brilharam, o meias brigou com quatro no meio campo e passou para o atacante que carregou e arriscou um chute mascado de fora da área, a bola foi fraquinha beijou a trave e entrou no cantinho de Pletikosa.

O segundo tempo começou bem diferente, notava´se que o nervosismo e ansiedade da estreia já tinham passado, os jogadores estavam leves em campo, como se viu em 2013. Não foi difícil prever que a vitória estava perto, Oscar que foi tão contestado após as más atuações nos amistosos desencantou e jogou bola de craque, fez do segundo tempo o seu tempo, desarmou, criou, chutou e marcou gol. A Croácia não resistiu as investidas da equipe brasileira. E após cruzamento para Fred o atacante foi puxado e o árbitro marcou penalidade erradamente. O camisa 10 foi para a batida, o gol desempatava a partida, Neymar olhou para a bola, pro gol, aplicou a corridinha característica e bateu... mal, bateu bem mal. Porém não havia mais espaço para contratempos e a bola entrou após tocar as mão do goleiro croata. A torcida foi à loucura, o relógio já marcava 25 do segundo tempo e já eram dois anotados do craque. Mas ainda faltava alguma coisa, uma Copa que começa com um gol contra da equipe da casa e um craque renegado pela crítica ainda tinha muito para oferecer. E ofereceu, Oscar deixou o dele em grande estilo, com o biquinho da chuteira ele finalizou para fechar a contagem. Esse foi com certeza o 3 a 1 mais sofrido do Brasil, saiu atrás do placar mas buscou o resultado e mostrou para os pessimistas que as vaias não servem para nada, a não ser para estressar os jogadores.

A família Scolari já deu o primeiro em passo em busca do tão sonhado hexa em casa. O sentimento de orgulho por jogar diante da torcida pareceu um gás a mais para a entrega dos jogadores, que não tiraram o pé em nenhuma dividida, e a vingança por aqueles jogadores de 50 parecem estar entranhados na camisa e na alma desses 23, eles querem a taça de qualquer maneira. Para Júlio a tão sonhada redenção pode ser resumida em apenas um gesto do capitão Thiago levantado por cima de sua cabeça um objeto dourado, para outros, como Neymar é apenas a prova de que camisa 10 joga bola até na chuva e que sim, um jogado faz toda a diferença. As provações são as cicatrizes eternas que marcam os verdadeiro campeões. Veja pelo lado bom, o primeiro gol do Mundial de 2014 foi marcado por nós, fizemos 4 gols na estreia. Sim, digo NÓS, nós 200 milhões que sofremos com a corrupção e sonhamos com um dia 13 de julho mais feliz e que o dia 14 amanheça mais verde e amarelo que o normal.

Arthur de Oliveira Eugênio