2014 com certeza é um ano para o torcedor do Botafogo se esquecer. Campanha horrível no Campeonato Carioca e na Libertadores, eliminação vexatória na Copa do Brasil e para fechar a temporada, o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Depois de passar por tudo isso parece piada recordar que no começo do ano o botafoguense sonhava com um dos melhores anos de sua história. O clube vinha de um 2013 vitorioso, com título carioca e vaga na Libertadores, o que não acontecia desde 1996. Para os mais otimistas esse poderia ser o ano da primeira e tão sonhada conquista do maior torneio da América, porém, tudo ocorreu da pior maneira possível, desde o começo.
O Primeiro golpe
Se 2013 tinha sido repleto de alegrias para o Botafogo, 2014 já começou de maneira diferente. Logo no 14º dia do ano, Clarence Seedorf, grande responsável pelo ano vitorioso na temporada anterior e ídolo da torcida, anunciava sua despedida do clube e do futebol. Era esperado até com certo otimismo a permanência do craque holandês para a temporada que estava para começar, porém, o meio-campista anunciou que estava indo para o Milan, onde viveu uma das suas melhores fases, iniciar sua carreira de treinador, assim deixando o clube da estrela solitária.
Recorde negativo no Cariocão
Já se era esperado que o Botafogo utilizasse uma equipe alternativa na disputa do campeonato estadual, já que todo a atenção em General Severiano no primeiro semestre estaria voltada para a disputa da Libertadores, o que surpreendeu a todos foi a tamanha fragilidade dessa equipe. Sem forças para enfrentar até mesmo as frágeis equipes do interior carioca, o time que atuou não conseguiu nada além de quatro vitórias, tendo ainda cinco empates e seis derrotas. A campanha botafoguense foi a pior desde 1998, quando venceu três vezes, empatou em cinco ocasiões e foi derrotado em outras seis vezes.
O curto sonho da América
Não durou muito a animação do torcedor alvinegro pela inédita conquista da Libertadores da América. A disputa da fase preliminar diante do Deportivo Quito e o bom início com vitórias diante de San Lorenzo e Independiente del Valle até deram uma esperança para o botafoguense, entretanto, duas derrotas foram fatais para acabar com qualquer sonho de título. Ao ser derrotado pelo Unión Española, em pleno Maracanã, e pelo San Lorenzo, na Argentina, o Botafogo caiu logo na primeira fase da competição sul-americana, realizando sua pior campanha dentre suas quatro participações.
Tapa na cara
Um tapa na cara costuma deixar a marca de cinco dedos no rosto do atingido. Não foram a marca de dedos, mas sim a marca de cinco gols em uma só partida que ficou após o "tapa" que o Santos deu no Botafogo pela Copa do Brasil. A dramática classificação diante do Ceará nas oitavas de final poderia ser uma motivação para a sequência da competição, poderia, não foi. Ao enfrentar o time da baixada santista na fase seguinte, o alvinegro carioca foi derrotado dentro do Maracanã no jogo de ida e sofreu uma goleada humilhante no Pacaembu no jogo de volta, por cinco a zero, marcando mais uma triste página no ano do clube.
Não poderia ser pior
Sua pior campanha em toda a história do Campeonato Brasileiro. Essa é a marca que ficará para o Botafogo do Brasileirão de 2014. Com um elenco fraco e inconstante mais uma diretoria muito mal administrada, não chega a ser surpreendente tal fato. Nem no primeiro rebaixamento, em 2002, a campanha foi tão fraca. Com polêmicas e um futebol desastroso desde o início da competição a queda para a Série B de 2015 ficou mais próxima a cada rodada, até ser decretada oficialmente em mais um derrota para o Santos, assim como na Copa do Brasil, mas dessa vez na Vila Belmiro, por 2x0, fechando o ano alvinegro do jeito que nem o mais pessimista torcedor imaginaria.
João Pedro Almeida