9 de dez. de 2014

Fluminense e Unimed: um casamento mais do que em crise

Em 1999, quando o Fluminense ainda estava na Série C, vivendo o pior momento de sua história, chegou um patrocinador, que logo se tornaria um dos maiores parceiros futebolísticos que um clube brasileiro já teve. Seu nome, Unimed, que desde sua chegada, viveu momentos de altos e baixos junto com o tricolor carioca, superando situações críticas da equipe e vivenciando muitas conquistas como 3 Campeonatos Cariocas, 1 Copa do Brasil e 2 Campeonatos Brasileiros, além de 1 vice-campeonato da Copa Libertadores e da outra da Copa Sul-Americana, tudo isso em 15 anos. Contudo, essa relação entre clube e parceira vem tomando rumos que podem levar ao fim desse longo casamento.
Os conflitos entre Unimed e Fluminense já haviam se tornado mais fortes nos últimos anos, quando diretoria, muitas vezes na figura do presidente Peter Siemsen, começou a discordar de muitas decisões e opiniões vindas da patrocinadora, principalmente nas contratações de treinadores, em casos mais específicos das vindas de Vanderlei Luxemburgo em 2013 e de Cristovão Borges em 2014, onde no caso do primeiro era a patrocinadora que o desejava apesar da discordância da diretoria, e com Cristovão, ocorreu o contrário, com a patrocinadora não concordando com a vinda do treinador.
Com a relação se estreitando cada vez mais, a chegada do fim da atual temporada vem indicando que esse casamento pode estar muito próximo do fim. E o maior prejudicado com isso tudo deve ser o Fluminense, já que segue com uma imensa indefinição quando já deveria estar se planejando para o ano que vem. E mais, essa crise entre ambas as partes pode acabar resultando na perda de jogadores importantes para o elenco.
Em participação do programa Redação SporTV, nesta terça-feira (9), Cristovão Borges esclareceu bem como deverá rumar a parceria. Segundo o treinador, que deverá ter seu contrato renovado pelo clube nesta semana, a Unimed não fará mais investimentos dentro do clube, apenas cumprindo os contratos que ainda estão em vigor. Sendo assim, se subentende que os contratos que se encerram ao fim desse ano, se forem renovados, não terão mais investimentos por parte da patrocinadora. São esses os casos de Diego Cavalieri, Gum, Diguinho, Chiquinho e Valencia, sendo que este ultimo não deverá ficar, por informações vindas do próprio empresário do atleta.
Caso se confirme todas as informações, será o fim da maior parceria que o clube das Laranjeiras já teve e com isso o Fluminense terá que pela primeira vez neste milênio "andar com as próprias pernas", restando saber se andará em passadas largas ou curtas.

João Pedro Almeida