Leitores do Plantão do Futebol, nós, atentos à paixão e a curiosidade de todos torcedores em relação aos seus clubes e também aos seus rivais, lançaremos uma série analisando cada clube que disputará a Série A do Campeonato Brasileiro de 2015. E você é o nosso convidado especial. Hoje o escolhido é o Fluminense.
É quase impossível falar da temporada 2015 do Fluminense sem citar o fim de 2014. Mais precisamente o mês de dezembro, quando foi rompido o contrato com sua ex-patrocinadora, a Unimed. A parceria Fluminense-Unimed durou 15 anos e, grande parte do elenco, tinha vínculo com a empresa de saúde. A notícia repercutiu como uma bomba na mídia esportiva que questionava se o clube iria manter seu elenco forte e vitorioso sem o auxílio do patrocínio. O Fluminense perdeu jogadores importantes, como os laterais Carlinhos e Bruno, o volante Diguinho e o atacante Rafael Sóbis, todos titulares absolutos. A maior perda do elenco, no entanto, ocorreu um pouco depois - a do meia argentino Conca, que assinou contrato com um clube chinês.
Ainda com Conca, o Flu fez pré-temporada em Orlando, disputando a Flórida Cup. Porém, teve uma atuação pífia, perdeu os dois jogos da competição e ficou na última posição da classificação final. De volta ao Brasil, deu-se como encerrada uma possibilidade de crise quando o clube renovou contrato com jogadores experientes e de suma importância do plantel tricolor, como o goleiro Diego Cavalieri, o zagueiro Gum, o volante Jean, o meia Wagner e o atacante, capitão e artilheiro da equipe, Fred. Na espera de uma boa campanha no Estadual, o Fluminense fez algumas contratações para tentar suprir as perdas no elenco. Vieram sete jogadores, nenhum grande nome, mas apostas: os laterais Giovanni e Guilherme Santos, os zagueiros João Felipe e Victor Oliveira, os meias Vinícius e Marlone e o atacante Lucas Gomes. O tricolor ainda contou com a volta do lateral direito Wellington Silva, que estava emprestado ao Internacional.
No Campeonato Carioca, de cara nova, o Fluminense encontrou dificuldades. Passou bom tempo da competição fora do G4 e teve atuações irregulares. Após um fim de 2014 conturbado, o Estadual era a primeira prova para ver como seria a vida do Tricolor pós-Unimed. O começo, com quatro vitórias em sequência, foi animador. Mas a perda de pontos para times inferiores resultou a demissão do técnico Cristóvão Borges. Já com Ricardo Drubscky, o Flu obteve duas vitórias e continuou na briga pelas primeiras posições. O Tricolor conquistou a classificação de forma dramática. Na derradeira chance, numa disputa direta com o Madureira, o Flu conseguiu a vitória nos últimos minutos. Mas, sem o capitão Fred, suspenso pelo TJD, acabou sendo eliminado pelo Botafogo nas semifinais em disputa por pênaltis.
Como bom estudioso do futebol, em pouco tempo no clube, Drubscky vem implantando o esquema 4-2-3-1 com a liderança do atacante Fred. O time titular sofre constantes variações. Com todos à disposição, a provável escalação do Fluminense é formada por: Cavalieri, Giovanni, Gum, Marlon, Wellington Silva; Edson, Jean, Gerson, Wagner (Vinicius); Kennedy, Fred. Com baixas no elenco, os meninos Gerson e Kennedy ganharam espaço e caíram nas graças da torcida que os apelidaram de Casal Sub-20. Além do garoto Robert, que assinou seu contrato com o tricolor até 2018 e é uma forte opção no banco.
Após um fraco campeonato estadual, o Fluminense chega para o Brasileirão repleto de dúvidas. A perspectiva é de que o Flu faça uma campanha tranquila, sem riscos, mas é quase unanimidade que a menos que venham grandes reforços e que Drubscky encaixe muito bem a equipe, o clube não luta por título, e dificilmente alcança uma vaga na Libertadores. A esperança de título esse ano, acaba ficando na Copa do Brasil, onde o tricolor das Laranjeiras só entra nas oitavas de final.
OPINIÃO DO COLUNISTA
A transição após a saída da antiga patrocinadora foi muito bem feita, porém, os reforços deixaram a desejar. O momento da troca de treinador foi a pior possível, mas Drubscky parece promissor. Existe uma mescla muito interessante no time titular - jogadores experientes, como Gum, Jean, Fred, com jovens como Marlon, Kenedy, Gerson e Robert. Porém, além de alguns bons reservas, o elenco deixa muito a desejar. E como todos sabem, esse é um fato fundamental para ir bem no Brasileirão. Para ter um plantel de fato qualificado, faltam contratações. A vinda recente do volante Pierre agrada; e a busca da diretoria por mais reforços também. Com melhorias no elenco, o Flu pode sim sonhar com a Copa do Brasil e uma bela campanha no Brasileiro, apesar de ainda estar bem abaixo de alguns times do Brasil.
Torcedores, esperamos que tenham gostado. Amanhã o Blog Plantão do Futebol traz com exclusividade uma análise do Flamengo.
Até a próxima.
Por: Bernardo Machado (@bengmachado) e Layla Silva (@laylaffc_)
