13 de jul. de 2015

Os 7 motivos para a última Copa do Mundo ter sido a melhor da história

No dia 13 de julho de 2014, há exato um ano, se encerrava a segunda Copa do Mundo em território Brasileiro. Apesar de todos os problemas que cercaram o torneio fora de campo (muito mais antes do que durante), dentro das quatro linhas as 32 seleções proporcionaram um verdadeiro show. Um show tão grande que fez com que para muitos, essa tenha sido a maior das Copas do Mundo. E para justificar isso, citamos sete motivos para que a Copa de 2014 possa ser considerada a melhor de todas. A quantidade de motivos é auto-explicativa quando se trata deste Mundial, mas para a possibilidade de alguém não se recordar, o motivo disto, também está dentro desta lista. Confira!

1. A vergonhosa queda da atual campeã
Nunca uma seleção se saiu tão mal em uma Copa do Mundo sendo a atual campeã Mundial como a Espanha. Apesar de não entrar com o mesmo favoritismo de quatro anos antes, a Roja era tida como uma das forças da competição, porém, uma vergonhosa derrota por 5 a 1 diante da Holanda, na reedição da última final, logo na abertura da chave desmoronou os espanhóis, que ainda foram derrotados e eliminados pelo Chile, já na segunda partida, em um 2 a 0 que não refletiu o domínio chileno dentro de campo. A vitória diante da Austrália por 3 a 0 de pouco adiantou. Foi apenas uma forma menos humilhante de se fechar um ciclo que foi tão vencedor.


2. Os jogos da 1ª fase que não eram para ser espetaculares, mas foram
Pouco se esperava de um confronto entre Argélia e Coreia do Sul ou México e Croácia, ou não se esperava tanto de um Holanda e Austrália ou Alemanha e Gana. Mas eles foram de tirar o folego. Argelinos e sul coreanos proporcionaram uma chuva de gols em Porto Alegre, em uma 4x2 a favor dos africanos, em um jogo eletrizante. México e Croácia brigaram com unhas e dentes pela vaga nas oitavas de final, no duelo que deu aos mexicanos a chance de continuar na Copa. Já Holanda e Alemanha tinham uma superioridade tão grande aos seus adversários que não eram esperados jogos tão duros e emocionantes diante de Austrália e Gana, mas foram dois espetáculos que encantou os olhos de quem os assistiu.

3. As surpresas mais surpreendentes
Talvez nunca em uma Copa do Mundo, uma seleção foi tão descartada antes do início da disputa e tão glorificada após o fim dela, como a Costa Rica em 2014. Presente em um dos grupos mais fortes do Mundial, a Pura Vida enfrentou três campeãs mundiais logo na primeira fase, e venceu duas delas, Uruguai e Itália, ainda empatando com a Inglaterra e eliminando as duas potencias europeias, chegando posteriormente até as quartas de final, onde somente foi eliminada na disputa por pênaltis. A Argélia também demonstrou toda sua astucia, ao eliminar a forte Rússia na primeira fase e proporcionar uma partida dificílima diante da Alemanha nas oitavas de final, quase eliminando os futuros campeões, marcando seu nome na história dos Mundiais.


4. A melhor fase oitavas de final da história
Já foram vistos jogos espetaculares em oitavas de final de Copa do Mundo, porém, a edição de 2014 reservou a maioria dos seus melhores jogos para esta fase. Das oito partidas apenas três terminaram no tempo regulamentar, sendo que uma dessas três ainda teve o gol classificatório no último minuto, em um excepcional Holanda e México. Bélgica e Estados Unidos, Argentina e Suíça, e Alemanha e Argélia travaram três verdadeiras batalhas, podendo ser facilmente consideradas as três melhores partidas do torneio, devido ao seu imenso equilíbrio. Se não bastasse, Brasil e Chile e Costa Rica e Grécia ainda levaram suas partidas a disputa por pênaltis, fazendo das oitavas de final do Mundial de 2014, a melhor fase da história das Copas.

5. O dia em que o Mineirão viu o maior vexame da seleção brasileira
7x1. Um placar humilhante por si só, mas quando esse é o resultado de uma semifinal de Copa do Mundo e o derrotado é o Brasil, pentacampeão mundial, a proporção é ainda maior. O Mineirão foi o palco da maior vergonha da seleção brasileira, que foi humilhada pelos alemães em uma partida que parecia não ter fim e sobretudo parecia ter somente um time em campo. A semifinal mais marcante da história dos mundiais e que ficará para sempre na memória de quem a vivenciou.


6. O quase, para a maior final que uma Copa do Mundo já viu
Após o 7x1 sofrido pelo Brasil pouco se notou de que por muito pouco não se formou a maior final da história das Copas. Brasil e Argentina, possivelmente a maior rivalidade entre seleções do Mundo, estiveram muito próximos de realizar a decisão do Mundial. Claro, que ao se lembrar da semifinal brasileira, essa possibilidade não parece tão próxima assim, mas saber que uma vitória da seleção canarinho iria possibilitar essa decisão faz com que muitos amantes do futebol fiquem imaginando como seria esse encontro, que ainda seria no maior palco do futebol mundial.

7. A prova do ressurgimento de um futebol
14 anos antes dessa Copa do Mundo, o futebol alemão parecia sem expectativas. A Alemanha passou pelo seu pior momento futebolístico no começo dos anos 2000, quando foi vexatoriamente eliminada da Eurocopa. O fato mudou o modo de se pensar o futebol alemão que desse vexame para cá, se transformou em uma das maiores potências do futebol mundial, tanto quando se fala em seleções, como no futebol interno, já que desde 2002 chegou em todas as semifinais de Copa do Mundo e hoje tem uma das maiores ligas do mundo. O título do Mundial de 2014 foi a prova de que um país pode se reinventar futebolisticamente e chegar ao topo da melhor maneira possível. Uma verdadeira lição, que apesar de toda sua evidência, parece não passar pelos olhos dos dirigentes brasileiros.


Essa foi a Copa do Mundo de 2014, uma das maiores ou a maior que o mundo já viu. A Copa que jamais sairá da memória de quem a assistiu e deverá ser lembrada para sempre como “A Copa das Copas”.

João Pedro Almeida