29 de out. de 2013

Adilson Batista é apresentado no Vasco

Depois de 29 jogos no comando e apenas 9 vitórias, Dorival Júnior foi demitido do cargo de treinador do Vasco da Gama. A situação do clube é difícil. Está na 18 colocação na tabela, com grandes riscos de ir para a série B, atrás ainda da Ponte Preta, que é a primeira colocada dos últimos 4, que por enquanto, estão indo para a série B. O clube está a 3 pontos de sair do rebaixamento, o Fluminense está em 16 com 36, enquanto o cruz maltino está com 33 pontos. 

Faltando 7 jogos para terminar o campeonato brasileiro, o Vasco anunciou o novo técnico que começara o seu trabalho nesta quarta feira, quando fará um treino para o jogo de sábado contra o Coritiba, em Macaé, RJ. Adilson Batista era o nome preferido, chegou rápido, pouco tempo depois da demissão de Dorival. O treinador passou por situações parecidas em 3 anos seguidos quando tirou do rebaixamento o Grêmio, Paysandu e Figueirense, nessas situações o treinador teve mais tempo de trabalho. Agora tem 4 jogos em casa e 3 fora, sendo que caso ganhe os jogos dentro de casa, contra Coritiba, Santos, Cruzeiro e Náutico, chega aos 45 pontos com grandes chances de escapar da série B. Como uma das maiores preocupações de Adilson será com os goleiros, que já receberam inúmeras chances, os 2 "reservas" e o atual titular Alessandro e mesmo assim vem falhando nos principais jogos. Pelo que falou na sua coletiva (veja abaixo) o treinador vai conversar com Carlos Germano, treinador de goleiros e ídolo do Vasco no gol, e não deve dar chance para Jordi, jogador de 20 anos que vem se destacando na base e mesmo assim ainda não ganhou chance dentro do time profissional. Os últimos técnicos do Vasco, foram treinadores de nome, sendo Adilson o com menos nome em uma carreira. O clube teve Ricardo Gomes, atual diretor, que estava na apresentação de hoje, Cristovão Borges, assumiu o lugar de Ricardo Gomes após ter sofrido um AVC num clássico contra o Flamengo, Paulo Autuori, campeão do Mundial de clubes com São Paulo e Grêmio e Dorival Júnior, conhecido por ganhar a Copa do Brasil com o Santos e subir para a série A o Vasco e Coritiba. 

O Vasco opta agora por um treinador que tenha experiência na série B, quanto em rebaixamentos, tendo tirados três times dessa situação. Há rumores de que a diretoria pode deixá-lo como treinador, caso o time seja rebaixado, para a série B do campeonato brasileiro, por sua experiência no campeonato. O objetivo principal do Vasco é não cair e pra isso precisa vencer pelo menos 4 jogos dos próximos 7 no campeonato brasileiro. 




1- Como vai ser o trabalho?

Gostaria de agradecer o convite ao Roberto, ao Ricardo, que me ligou ontem quase 23h da noite. Privilégio estar no Vasco. Sei da grandeza do clube, mas sei que o momento é difícil, tenho convicção naquilo que faço, com profissionais, tenho certeza que vai a conseguir a permanência.

2- Pensa em fazer mexidas no time?

Pensar jogo a jogo, primeira decisão contra o Coritiba, contamos com 10 mil pessoas contra o Coritiba, que também estava em situação incômoda. Vamos trabalhar para vencê-los, vamos vivenciar jogo a jogo e trabalhar o que é possível.

3- É o seu desafio mais difícil?

Acompanho o Vasco, saí do Figueirense, mas acompanho. Tenho amigos, conversei com o Jorge Luiz (auxiliar), Germano, Ricardo, o próprio Dorival Júnior, para que realizemos o que é melhor para sair dessa situação.

4- Sobre o curto prazo de trabalho?

Todo dia é desafio, mais um num grande clube, como passei em outros. Já vivenciei esse tipo de situação, o Grêmio em 2003, o Náutico, o Figueirense, sei da dificuldade, mas é com cobrança, profissionalismo, assim que vamos conseguir o objetivo que é a permanência hoje.

Felizmente temos uma semana cheia, com exceção do jogo do Grêmio, em Porto Alegre, mas eu já fiquei quase três horas com o Jorge Luiz, com o Germano, já vim vendo material para ter noção do que encontrar. A permanência dos profissionais que conhecem atletas. Futebol não vai fugir muito disso, a gente espera transmitir, passar para reverter. Série de decisões para reverter.

Tentaremos diminuir a margem de erro, desse, daquele. O Coritiba tem 40 pontos, vem para jogar decisão também. Sem loucura, com inteligência, com responsabilidade, sabendo da importância de se vencer o jogo.

5- Jordi ou outros goleiros?

Vou passar confiança e conversar com o Carlos Germano, não dá para ficar fazendo experiência. É ter bom senso, passar confiança, isso que precisamos nesse momento. Precisamos reagir, ter responsabilidade, consciência, entrar focado. Acontece inúmeras situações no jogo que você precisa passar organização com pouco tempo de trabalho. Teremos quarta, quinta e a sexta. É o que vou fazer, essa é a minha função aqui.

6- Por que aceitou o desafio?

A grandeza do clube, enfrentei diversas vezes (a situação), sei da força. É minha primeira oportunidade no Rio, convicção no trabalho e confiança, acho que é possível.

7- Desempenho de G-4 pra não cair?

Só o trabalho, mesmo com pouco tempo no primeiro jogo, depois teremos semana cheia. Vi evolução em alguns resultados recentes, o Vasco deixou escapar vitórias. Acho que é possível. Vamos trabalhar para conseguir.

8- Opinião sobre elenco?

Vejo potencial, evidente que quem está no dia a dia que pode responder melhor. Estou ouvindo pessoas que estão no dia a dia, temos que tentar encontrar soluções para diminuir esses erros, porque tem potencial, nessa linha que vou trabalhar.

9- Muda algo para o primeiro jogo?

Vamos trabalhar amanhã a organização da equipe, dentro do que vi de Coritiba e Cruzeiro, do que eles vem de formação, para tentar vencer o jogo.

10- O que faltou para vencer os últimos jogos?

Não posso dizer poque não estava aqui. Uma coisa é ver pela TV. Depois, no dia a dia, posso dizer. Às vezes tem convicção, sentimento, respeito ao clube e acredita no desafio, no convite. Não dá para dizer não ao Vasco. Vamos enfrentar, também gosto de desafios.

11- Sobre o tempo curto de trabalho?

É um desafio que não dá para dizer não. Tenho 45 anos, sou novo ainda. Às vezes é gostoso esse tipo de desafio, estou preparado.

12- Sobre Guiñazu e Bernardo?

Precisamos respeitar o processo de transição, não vamos passar por cima do departamento médico, fisiologista. Precisamos respeitar. O Guiñazu ainda vai demorar dois jogos, o Bernardo está trabalhando ainda, vamos trabalhar para que voltem o mais rápido, sem queimar etapas.

13- Última medida para evitar rebaixamento?

Todo grande clube pensa em título, quando se inicia o Brasileiro pensa nisso. Projeta isso. Vai acontecer de um ou dois disputarem, mas o importante desse processo é que o trabalho está sendo feito. Às vezes, o resultado não acontece. Não vou entrar no "se": se a bola não entrou, se o jogador não fez o gol, se o juiz não anulou... Nossa preocupação é evitar (a queda), acredito nesse momento e vamos sair.