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Mas será que vocês, profundos conhecedores do futebol, concordam com tal classificação? Ou melhor, será que as seleções referidas - Bósnia, Irã e Nigéria - não são hoje capazes de disputar uma boa competição mundial?
Abaixo iremos entrar a fundo nesse grupo. Seria o F de Favoritismo?
SELEÇÃO ARGENTINA DE FUTEBOL
Títulos: 2 (1978 e 1986)
Nossos hermanos tem "apenas" dois títulos mundiais, além de 2 vices-campeonatos (1930 e 1990), porém, sempre foram uma "pedra no sapato" das concorrentes, afinal, todos conhecem a marra/catimba própria deles.
Se fossemos analisar a história argentina, teríamos que abordar vários anos, pois, rivalidades a parte, sempre tiveram grandes jogadores que, com certeza, marcaram história. Porém, vamos destacar um top 3 que, ao meu ver, e de grande parte dos apreciadores do futebol, são os maiores da história hermana.
3. Alfredo Di Stéfano
Alfredo Di Stéfano é considerado por muitos como o melhor jogador da história, sendo acima de Pelé e Maradona. E, pelos relatos, realmente, era um monstro jogando, tanto que marcou história por onde passou. Mas, mesmo com tanto talento, pela Seleção atuou em apenas 6 oportunidades, marcando 6 gols. E depois atuou por outras duas seleções (isso era normal na época). Ídolo do Real Madrid e não é pra menos (conquistou praticamente tudo), o flecha-loira, como era apelidado, só não superou dois outros nomes do futebol argentino...
2. Lionel Messi
Lionel Messi, um dos maiores jogadores da atualidade - divide esse papel com Cristiano Ronaldo - mesmo tendo todo o prestígio e conquistas pelo seu clube, o Barcelona, pela sua seleção ainda não marcou história, tendo conquistado como título de "expressão" apenas as Olimpíadas no ano de 2008. Classifico-o - assim como outros tantos - a frente de Di Stéfano por ele ainda ter muitos anos de carreira e pelo talento do argentino que, provavelmente, defenderá apenas a sua nacionalidade.
1. Diego Armando Maradona
Independente da raiva eterna dos brasileiros por conta daquela "mão amiga", realmente, ele era genial. Tinha um talento magnífico com a canhotinha, tanto que, na conquista de 1986, comandou e carregou a equipe argentina com belas jogadas. Para muitos é considerado o maior de toda história, superando até Pelé. Para não entrar em aspectos polêmicos, contento-me em dizer que, se eu pudesse ver alguém jogando, esse com certeza seria forte candidato.
Os jogadores que mais vestiram a camisa azul e branca foram, respectivamente, Javier Zanetti, Roberto Ayala e Diego Simeone - outros três grandes jogadores argentinos. Já os artilheiros são: Gabriel Batistuta, Lionel Messi e Hernán Crespo (precisa dizer algo desse trio de ataque?)
Bom, deixando um pouco de lado a história dos nossos vizinhos, vamos agora a um breve resumo do caminho até aqui da seleção, ou seja, como garantiu o seu passaporte para a disputa do Mundial.
Com uma seleção com grandes nomes, principalmente, ofensivos, nas Eliminatórios Sul-Americanas, sem grandes dificuldades, carimbaram o passaporte ao Brasil em primeiro lugar - 9V | 5E | 2D | 35 gols marcados e 15 sofridos - sendo assim a primeira colocada geral. Ou seja, ao que parece e o que todos nós vemos, é de que a "nova safra" argentina tem sim grandes chances de dar trabalho às outras grandes seleções, visto os grandes nomes que ela tem em seu plantel.
O técnico, Alejandro Sabella, que desde 2011 comanda a esquadria argentina, fez uma mescla de estreantes e experientes na lista de convocados, porém, como já dito acima, o setor ofensivo, sem dúvidas, é um dos mais fortes da competição.
Os arqueiros escolhidos foram Mariano Andújar (Catania), Agustín Orion (Boca) e Sergio Romero (Monaco), ambos, "desconhecidos" no cenário internacional, porém, que em seus respectivos clubes, apresentam certo equilíbrio que deve ser levado em conta.
No setor defensivo José Basanta (Monterrey), Hugo Campagnaro (Internazionale), Martín Demichelis (Manchester City), Federico Fernández (Napoli), Ezequiel Garay (Benfica), Marcos Rojo (Sporting de Lisboa) e Pablo Zabaleta (Manchester City) foram os escolhidos. Dentre eles apenas Romero, Andújar e Demichelis já disputaram uma Copa do Mundo. Ou seja, será que a "mescla" dará certo?
Já do meio pra frente os comentários são desnecessários, pois, comandados por Fernando Gago, Mascherano e Di Maria (olho nele, amigos!) Ricardo Álvarez (Inter), Lucas Biglia (Lazio), Augusto Fernández (Celta), Enzo Pérez (Benfica) e Maximiliano Rodríguez (Newell´s) terão certa "facilidade" de encarar tal competição, aliás, terão trabalho para garantir uma vaga como titular.
Sendo assim, diante de todos fatores, quem poderá dizer que nossos hermanos não tem chances? E aí, será que teremos a honra de eliminá-los nas fases eliminatórias?
SELEÇÃO DA BÓSNIA E HERZEGOVINA DE FUTEBOL
A novata Bósnia Herzegovina, que conquistou sua independência em 1992 (até então pertencia a Jugoslavia) pela primeira vez participará de uma Copa do Mundo e terá a honra de estrear no País do futebol.
Apesar de muitos a considerem apenas como uma seleção fraca/mediana, é preciso muita atenção, afinal, a Bósnia, em 10 jogos das Eliminatórias Europeias, venceu apenas (pasmem) 8 jogos, tendo uma média de 3 gols por partida. Ou seja, mesmo não sendo a mesma coisa, depois de algumas tentativas frustradas no passado, a seleção nacional conseguiu formar uma base bastante sólida e disposta a alçar vôos mais altos.
Ao contrário da Argentina - até por ser uma caçulinha nesse meio - não há como listar listarmos os "grandes craques", afinal, não tem, ainda, nomes que marcaram história mundial. Porém, alguns importantes nomes vem se destacando em seus clubes.
Edin Džeko, atacante do Manchester City, é um desses que começam a ganhar destaque. Apesar de não ser nenhum gênio (assim como Messi e Di Maria) o atacante é matador e, junto com Vedad Ibisevic - atacante do Stuttgart - foram responsáveis por 18 gols da Seleção nas Eliminatórias (ao todo, foram marcados 30), ou seja, são números bastante atrativos.
Mas não para por aí não. Além da ofensividade bastante chamativa, a equipe possui um sistema defensivo consistente que, durante os 10 jogos das Eliminatórias, sofreu apenas 6 gols, não tendo sofrido em nenhum jogo mais de 1 gol.
Porém, não podemos esquecer que, por mais que a fase seja boa, a camisa ainda não tem o peso necessário. E, diante outras seleções com bagagem na Copa do Mundo, a Bósnia ainda tem certa desvantagem.
O técnico Safet Susic escolheu Asmir Begovic (Stoke City/ING), Jasmin Fejzic (Aalen/ALE), Asmir Avdukic (Borac Banja Luka/BIH) como os paredões no gol.
Na defesa Emir Spahic (Bayer Leverkusen/ALE), Toni Sunjic (Zorya Lugansk/UCR), Sead Kolasinac (Schalke/ALE), Ognjen Vranjes (Elazigspor/TUR), Ervin Zukanovic (KAA Gent/BEL), Ermin Bicakcic (Eintracht Braunschweig/ALE) e Muhamed Besic (Ferencvaros/HUN) são os responsáveis por manterem a boa média defensiva.
Os eleitos para popularem o meio-campo da equipe, não menos importante, foram Miralem Pjanic, da Roma, que comanda esse setor, Izet Hajrovic (Galatasaray/TUR) e Mensur Mujdza (Freiburg/ALE). Haris Medunjanin (Gaziantepspor/TUR), Senad Lulic (Lazio/ITA), Anel Hadzic (Sturm Graz/AUT), Tino Susic (Hajduk Split/CRO), Sejad Salihovic (Hoffenheim/ALE), Zvjezdan Misimovic (Guizhou Renhe/CHN), Senijad Ibricic (Erciyesspor/TUR), Avdija Vrsajevic (Hajduk Split/CRO) completam a lista.
No ataque, além de Ibisevic e Dzeko - já citados acima - o Edin Visca, do Istambul BB - Turquia fecha a lista de convocados da seleção.
Por mais que os nomes estejam bastante longe dos nossos conhecimentos, nenhum deles atua na Liga Nacional. Grande maioria atua nas principais ligas europeias.
Será que a Bósnia nos surpreenderá e conseguirá suprir a falta de experiência com esse conjunto?
A Nigéria chega ao Brasil para disputar sua quinta Copa do Mundo. A segunda consecutiva e a terceira após a virada do século.
Na história das Copas, a seleção africana já conseguiu chegar duas vezes nas oitavas, porém, nas últimas duas edições que participou, não foi bem e caiu ainda na fase de grupos. Porém, para 2014, se mostram empolgados. Principalmente o goleiro Enyeama, que chegou a declarar que eles irão chegar até as semifinais. Será?
Além do goleiro, outro destaque da equipe é sem dúvidas o atacante Victor Moses, que disputou um Mundial de Clubes pelo Chelsea, onde acabou derrotado pelo Corinthians. Hoje ele se encontra no Liverpool e tem a função de ser o principal jogador do time. Outros jogadores importantes são: Obi Mikel, Odemwingie, Ameobi e Emenike.
Bom, leitores, espero que tenham apreciado a leitura e, principalmente, conhecido um pouco mais a história e as expectativas de cada equipe.
Por: William Rodrigues - Argentina, Bósnia e Irã - e por Matheus Leal - Nigéria.
SELEÇÃO IRANIANA DE FUTEBOL
Participações em Copas do Mundo: 4
Títulos: 1 vitória sobre os Estados Unidos (pra muitos é a maior conquista deles, principalmente, por ter sido em um ano de auge do conflito entre as nações).
Apesar de toda a sua força bélica, o futebol é reflexo da conturbada situação do País em critérios políticos, afinal, apesar de uma "boa campanha" nas Eliminatórias - vamos acompanhar abaixo - a Seleção ainda não inspira confiança para esse mundial tão concorrido.
Para garantir o seu passaporte ao Mundial no Brasil, a Seleção Iraniana, que disputou as Eliminatórias Asiáticas, garantiu, em 8 jogos, pela fase final - desconsiderando os primeiros confrontos contra seleções ainda mais frágeis -, 16 pontos (5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas), tendo marcado 8 gols e sofrendo 2. Garantiu o primeiro lugar do grupo estando a frente da Coreia do Sul.
E foram dois os responsáveis por essa "boa campanha" do Irã: 1 pelos 6 gols marcados nas Eliminatórias - o meia-atacante Javad Nekounam, que atua no CA Osasuna - e o outro é o também meia Reza Ghoochannejhad que marcou o gol contra a Coreia do Sul que garantiu o passaporte do Irã. Vale destacar que o segundo é bastante talentoso e foi cogitado até na Seleção Holandesa.
O responsável por comandar a equipe é o português Carlos Queiroz que, diante as suas possibilidades, escolheu Daniel Davari (Eintracht Braunschweig-ALE), Rahman Ahmadi (Sepahan Isfahan), Alireza Haqiqi (Sporting da Covilhã-POR) para defender, juntamente com Hossein Mahini (Persepolis), Jalal Hosseini (Persepolis), Amir Hossein Sadeqi (Esteghlal), Hashem Beykzadeh (Esteghlal), Mehrdad Pouladi (Persepolis), Ahmad Alenemeh (Naft Tehran), Pejman Montazeri (Umm Salal-CAT) e Steven Beitashour (Vancouver Whitecaps-CAN) o setor defensivo, desde o gol, passando pelos zagueiros e laterais.
Para o setor de criação/ligação Reza Haghighi (Persepolis), Andranik Teymourian (Esteghlal), Ghasem Hadadifar (Zob Ahan Isfahan), Bakhtiar Rahmani (Foolad), Javad Nekounam (Kuwait SC-KUW), Ehsan Hajsafi (Sepahan Isfahan) foram os preteridos pelo comandante.
Já no ataque Khosrow Heidari (Esteghlal), Karim Ansarifard (Tractor Sazi), Reza Ghoochannejhad (Charlton Athletic-ING), Alireza Jahanbakhsh (NEC-ALE),Masoud Shojaei (Las Palmas-ESP), Ashkan Dejagah (Fulham-ING) serão responsáveis pelos gols ou a tentativa de tais.
Sardar Azmoun, jovem de 19 anos, que defende o Rubin Kazan, da Russia, considerado por muitos como o "Messi Iraniano" - está na mira do Arsenal, da Inglaterra - foi a principal baixa iraniana, por opção do treinador. Ou seja, não será dessa vez que teremos um duelo Messi x Messi em uma Copa do Mundo.
E aí, será que a seleção do Irã nos proporcionará um "bombardeio" de emoções e surpresas? Ou será que será facilmente apaziguada pelos adversários?
SELEÇÃO NIGERIANA DE FUTEBOL

Para se classificar, a seleção nigeriana ficou em primeiro na fase de grupos das eliminatórias africanas. Num grupo fácil com Namíbia, Quênia e Malaui, foram seis jogos, três vitórias e três empates.
Na fase decisiva, teria que passar por cima da Etiópia para carimbar seu passaporte. Sendo assim, não encontrou dificuldades e venceu fora de casa por 2-1 e em seu território por 2-0.
Os responsáveis para levar a Nigéria o mais longe possível são:
Goleiros: Vincent Enyeama, Austin Ejide, Chigozie Agbim.
Defensores: Joseph
Yobo, Elderson Echiejile, Juwon Oshaniwa, Godfrey Oboabona, Azubuike
Egwuekwe, Kenneth Omeruo, Efe Ambrose, Kunle Odunlami.
Meias: John Mikel Obi, Ogenyi Onazi, Ramon Azeez, Michael Uchebo, Reuben Gabriel.
Atacantes: Peter Odemwingie, Ahmed Musa, Shola Ameobi, Emmanuel Emenike, Babatunde Michael, Victor Moses, Uche Nwofor.

Além do goleiro, outro destaque da equipe é sem dúvidas o atacante Victor Moses, que disputou um Mundial de Clubes pelo Chelsea, onde acabou derrotado pelo Corinthians. Hoje ele se encontra no Liverpool e tem a função de ser o principal jogador do time. Outros jogadores importantes são: Obi Mikel, Odemwingie, Ameobi e Emenike.
Bom, leitores, espero que tenham apreciado a leitura e, principalmente, conhecido um pouco mais a história e as expectativas de cada equipe.
Por: William Rodrigues - Argentina, Bósnia e Irã - e por Matheus Leal - Nigéria.