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7 de jul. de 2015

A nova geração de treinadores no Brasil

Já se passaram 11 rodadas do Campeonato Brasileiro, e, em meio a muitas trocas de técnicos, crises e instabilidades, apenas uma equipe ainda está invicta: o Sport. Com uma campanha de seis vitórias e cinco empates, o clube de Recife é a grande surpresa do Brasileirão até o momento e isto é fruto do grande trabalho feito pelo treinador Eduardo Baptista, curiosamente o que est[a mais tempo à frente de uma equipe da Série A.
Filho do folclórico Nelsinho, Eduardo Baptista é o tecnico com
a maior longevidade atualmente na Série A
Outra equipe que também faz uma bela campanha é o Grêmio, comandado por Roger Machado. Este assumiu o Tricolor Gaúcho na quarta rodada e deu ânimo a um time que parecia abatido. Desde então foram seis vitórias, um empate e apenas uma derrota, o que fez do Grêmio o segundo colocado.

Enquanto nomes como Roger e Eduardo vão aparecendo no cenário nacional, técnicos de ponta como Muricy Ramalho, Mano Menezes, Oswaldo de Oliveira e Dorival Júnior estão desempregados. Isto pode ser um indício de que as equipes estão virando as costas aos treinadores chamados “medalhões” e apostando em novos talentos, e tem dado certo. Das 20 equipes da Série A, dez têm treinadores que recebem mais de R$ 200 mil e destas, apenas o Atlético Mineiro, comando por Levir Culpi, está no G4.

Foto: Doentes por Futebol
Marcelo Fernandes esta à frente do Santos desde a demissão de Enderson Moreira no inicio da temporada e conquistou o Campeonato Paulista, mas no Brasileirão não tem feito bom trabalho e o Alvinegro Praiano está na zona de rebaixamento. O custo benefício não tem sido tão vantajoso para a equipe Santista, pois a diretoria está economizando na folha salarial e o elenco não tem apresentado bom futebol. Juan Carlos Osorio, do São Paulo, e Diego Aguirre, são os único estrangeiros, o que também não deixa de ser uma aposta.


Se levarmos em conta as situações de Grêmio e Sport, pode-se afirmar que valeu a pena investir menos, e apostar mais em novos treinadores ao invés de investir nos famosos "treinadores cartolas". 

Lucas Nascimento
@lucasjr_10

10 de dez. de 2014

Entrevista exclusiva com o jornalista Rica Perrone



Dois anos depois, é com enorme prazer que o Plantão volta a entrevistar o grande jornalista Rica Perrone. Nós, da equipe, gostaríamos de agradecer ao Rica, que prontamente respondeu nossas mensagens e foi extremamente solícito. Agora, esperamos que vocês gostem.

Para começar, Rica Perrone respondeu sobre o domínio mineiro nos últimos dois anos e, segundo ele, isso não passa de uma fase que pode e vai acabar daqui a pouco.

- Uma fase como as que vivemos nos últimos 100 anos. Daqui a pouco são os gaúchos, depois paulistas, cariocas, vai alternando. Não vejo grandes teorias. É um acaso termos os dois de uma só região dominando. Mas é só acaso. Pode apostar seu figado que eles não sentaram e combinaram uma forma de melhorar “o futebol mineiro" - disse.

O jornalista também avaliou o "futebol carioca" e se mostrou contra à essa avaliação por cidades. Para ele, Flamengo é Flamengo, Fluminense é Fluminense e por aí vai. Não tem essa de generalizar e avaliar em grupo. Além disso, classificou a atual diretoria do rubro-negro carioca como a melhor da América do Sul.

- Não existe “futebol do Rio”. Um clube não fala com outro, os problemas deles são completamente diferentes e a melhor diretoria de clube da América do Sul hoje é do Flamengo, que fica no Rio de Janeiro.  Essa coisa de tratar os clubes por região não é muito minha cara. O Palmeiras é paulista, o Vasco carioca. Os dois tem vivido anos trágicos. O futebol do RJ e de SP são parte disso?  O macaé subiu. Então devemos aplaudir “o futebol carioca” ou o Macaé? Eu individualizo - respondeu.

Confira a entrevista na íntegra:

Esse ano de 2014 tivemos eleições em diversos clubes e todas bem polêmicas. O que achou da volta de Eurico Miranda no Vasco, da permanência de Paulo Nobre no Palmeiras e da vitória do Carlos Eduardo Pereira no Botafogo? Pode falar um pouco sobre cada uma?

Acho que o Vasco teve uma eleição absurda, cheia de sacanagem, onde o clube é praticamente “tomado” como uma boca de fumo de volta por um líder.  Não dá pra imaginar um Vasco melhor a médio prazo. Só a curto, pois o Eurico não é burro e vai fazer a gestão dele funcionar. O problema é o pós. O Paulo Nobre não conheço de perto, e o Carlos Eduardo idem. 

Como torcedor e jornalista, o que você achou do novo adiamento da aposentadoria de Rogério Ceni? Pode ser um tiro no pé, já que hoje ele pararia em alta? Acha que ele consegue esse título da Libertadores para aposentar com chave de ouro?

Acho que ele devia ter parado na Sul-Americana de 2012 campeão. Achei que ele seria um grande marcenário e pararia em alta. Mas ele está tentando correr o risco de ser um contestável goleiro em campo carregando uma história. Eu não correria. Mas ele é o cara, não eu. Se ele diz que pode, quem discorda? 

O que você acha da mídia esportiva contratando ex-jogadores e tirando o espaço de jornalistas que estudaram para aquilo?

Acho ótimo. Na faculdade de jornalismo alguém ensina futebol pra alguém? Então…

Agora, vamos falar um pouco de Seleção Brasileira.

Após o vexame contra a Alemanha e a entrada do técnico Dunga, a Seleção teve uma nítida melhora no seu desempenho e rendimento. O que você está achando do trabalho do nosso novo treinador? Acha que ele foi injustiçado em 2010?

Acho que todo treinador de seleção é injustiçado.  Seu trabalho é bom como foi em 2010, mas infelizmente nossa mídia esportiva é tosca e não enxerga um palmo na frente do nariz. Toda vez que a seleção perder vão radicalizar nas mudanças e 4 anos depois pedir mais consistência no trabalho a longo prazo. Chega a ser cômico. 

Como você avalia as atuais convocações? Há vida sem Neymar?

Há. Mas não precisamos dessa vida. Neymar é brasileiro. Ele é parte do nosso time. Eu não gosto da seleção como lugar de apostas. Mas se é feito assim há anos, que diferença faz agora? 

Agora sobre você.

Qual seu objetivo com esses novos projetos no youtube - excelentes, diga-se de passagem -?

Fazer diferente do que os outros já fazem, ganhar dinheiro e fazer o que gosto. Sempre. O blog já fiz ser um sucesso. Preciso de outro desafio. 

Na nossa primeira entrevista eu lembro que ninguém sabia como era o rosto de Rica Perrone. Hoje não mais. O que mudou? As pessoas te reconhecem na rua? Como está o assédio?

Reconhecem sim. Mas é tranquilo. Eu não sou artista, sou jornalista. No máximo uma fotinho. Mas não tem nada demais. Aprendi a conviver porque no RJ é mais fácil isso.  

Televisão, há vontade?

Zero. Só me pagando muito. 

Para finalizar, vamos nos inspirar no seu programa "Cara a tapa" e vamos seguir quase a mesma linha. Peço que dê uma nota e justifique.

CBF

5 - Porque dá ótima estrutura pra seleção, ganha dinheiro pra caralho e desde que me entendo por gente ganhar dinheiro não é defeito. Isso só na cabeça de merda dos jornalistas brasileiros que ganham mal é um problema. Ela é muito ruim no interno, mas muito boa pra seleção. 

ESPN

3 - Uma emissora burra comercialmente, que tem sua marca atrelada fortemente a 3 caras azedos e insuportáveis que fazem do futebol um problema e não um lazer. Não assisto. 

Futebol Brasileiro

7 - O terceiro melhor campeonato do mundo e uma ilha de prosperidade financeira e crescimento de receitas num continente falido não pode ser um lixo. Se voce individualizar os nacionais da europa e matar a champions eles morrem todos de fome. 

Cristiano Ronaldo ou Messi?

Cristiano Ronaldo. Porque não é argentino.


Mais uma vez agradecemos ao @RicaPerrone e espero que todos os leitores tenham gostado.


14 de jun. de 2014

Em duelo de campeãs, Inglaterra e Itália fecham a primeira rodada do "grupo da morte"


Hoje, às 19 horas (horário de Brasilia), teremos um dos jogos que prometem ser dos mais equilibrados nessa Copa. Inglaterra e Itália se enfrentam e colocam em campo nada mais do que 5 taças: quatro pelo lado da Azurra e uma pelo lado inglês.

O jogo será realizado na Arena Manaus, na Amazônia, e o clima do local aparentemente é um dos fatores de maior preocupação para seleção inglesa.

- Vamos jogar no meio da selva. Isso é algo diferente para todos nós. Mas vamos lidar com tudo o que vier - disse o Joe Hart, goleiro da Inglaterra.

A seleção inglesa se preocupou tanto com a questão do ambiente que fez sua preparação em Miami, nos Estados Unidos, a fim de simular uma atmosfera parecida com o que vão encontrar em Manaus, por conta das altas temperaturas que a cidade norte americana costuma ter, bem parecido com o que a cidade do norte brasileiro apresenta.

Por sua vez, a Itália não parece muito preocupada com esses fatores externos.

- Tinham me dito que estava péssimo. Vi as condições. Estão boas – afirmou Cesare Prandell, treinador da Itália, sobre as condições do gramado da Arena.

Já dentro de campo, o duelo fica por conta das maiores estrelas das seleções: Wayne Rooney pelo lado inglês e Mario Balotelli pelo lado italiano. Porém, ambos entrarão em campo sob forte pressão. O primeiro pelo fato de nunca ter marcado gols em Copa do Mundo, mesmo já tendo participado de duas edições e oito jogos. Já o segundo será muito cobrado, já que a cada dia mais vê a sombra do atacante Ciro Immobile aumentar. 

Taticamente, para Inglaterra, uma das principais armas da equipe seria que a defesa anulasse o meia Andrea Pirlo e o meio de campo controlasse a bola. A marcação por pressão após tentativas de bolas longas, característica do futebol inglês, também merece destaque. A orientação é de que "Assim que a bola for lançada ao ataque, dois meias se aproximam para tentar tirar vantagem em uma superioridade numérica. No entanto, se a defesa ganhar a bola, eles combatem imediatamente."

Já o tecnico Cesare Prandell resolveu adotar o mistério e não dar muitas dicas sobre como a seleção italiana irá se apresentar. Preferiu falar sobre a importância do jogo.

- Os primeiros possuem uma importância extraordinária. Não só pelos três pontos, mas também pela força que um resultado positivo pode dar – afirmou.  

O treinador, porém, acredita que um tropeço diante do English Team não acabará com as chances da Azzurra no “Grupo da Morte”, composto também pro Costa Rica e Uruguai. Para isso, se apega a dois exemplos de outros Mundiais. Em 94, a Itália perdeu para a Irlanda na estreia, mas chegou à decisão. Em 2010, a Espanha foi campeã mesmo perdendo para a Suíça na primeira rodada. 

- A história nos ensina que os primeiros jogos nunca são decisivos – ressaltou. 

INGLATERRA X ITÁLIA

Local: Arena Amazônia, em Manaus (AM)

Quando: 14 de junho de 2014 (Sábado), às 19h(de Brasília)

Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)

Assistentes: Sander Van Roekel (Holanda) e Erwin Zeinstra (Holanda)

INGLATERRA: Joe Hart, Glen Johnson, Gary Cahill, Phil Jagielka e Leighton Baines; Steven Gerrard, Frank Lampard, Alex Oxlade-Chamberlain e Jack Wilshere; Wayne Rooney e Daniel Welbeck Técnico: Roy Hodgson

ITÁLIA: Gianluigi Buffon, Ignazio Abate, Andrea Barzagli, Leonardo Bonucci e Giorgio Chiellini; Daniele De Rossi, Claudio Marchisio, Alberto Aquilani, Marco Verratti e Andrea Pirlo; Mario Balotelli Técnico: Cesare Prandelli.

10 de jun. de 2014

Plantão na Copa - Grupo F: Argentina e mais três

Bem amigos do Plantão do Futebol, é chegada a grande hora da disputa do maior torneio mundial - a Copa do Mundo de Futebol. Ah, como diria Galvão Bueno, haja coração pra essa disputa. E, atento ao gosto elevado da leitura de vocês, estamos lançando algumas crônicas sobre os grupos da competição desse ano. Essa será a primeira - de muitas - Copa do Plantão e nós traremos todos os detalhes para vocês, começando com esse guia de cada grupo e cada seleção que estará em nosso país. Afinal, como diz nosso slogan, informar é a nossa missão!

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GUIA DO GRUPO A

GUIA DO GRUPO E



E eu tive a felicidade (ou a infelicidade) de falar do grupo F. Sim, o grupo dos nossos "hermanos" argentinos. Grupo esse também que conta com outras seleções que, diante os olhares totalmente voltados para a poderosa Argentina, são taxados apenas como zebras.

Mas será que vocês, profundos conhecedores do futebol, concordam com tal classificação? Ou melhor, será que as seleções referidas - Bósnia, Irã e Nigéria - não são hoje capazes de disputar uma boa competição mundial?

Abaixo iremos entrar a fundo nesse grupo. Seria o F de Favoritismo?


SELEÇÃO ARGENTINA DE FUTEBOL


Participações em Copas do Mundo: 16
Títulos: 2 (1978 e 1986)

Nossos hermanos tem "apenas" dois títulos mundiais, além de 2 vices-campeonatos (1930 e 1990), porém, sempre foram uma "pedra no sapato" das concorrentes, afinal, todos conhecem a marra/catimba própria deles.

Se fossemos analisar a história argentina, teríamos que abordar vários anos, pois, rivalidades a parte, sempre tiveram grandes jogadores que, com certeza, marcaram história. Porém, vamos destacar um top 3 que, ao meu ver, e de grande parte dos apreciadores do futebol, são os maiores da história hermana.

3. Alfredo Di Stéfano

Alfredo Di Stéfano é considerado por muitos como o melhor jogador da história, sendo acima de Pelé e Maradona. E, pelos relatos, realmente, era um monstro jogando, tanto que marcou história por onde passou. Mas, mesmo com tanto talento, pela Seleção atuou em apenas 6 oportunidades, marcando 6 gols. E depois atuou por outras duas seleções (isso era normal na época). Ídolo do Real Madrid e não é pra menos (conquistou praticamente tudo), o flecha-loira, como era apelidado, só não superou dois outros nomes do futebol argentino...

2. Lionel Messi


Lionel Messi, um dos maiores jogadores da atualidade - divide esse papel com Cristiano Ronaldo - mesmo tendo todo o prestígio e conquistas pelo seu clube, o Barcelona, pela sua seleção ainda não marcou história, tendo conquistado como título de "expressão" apenas as Olimpíadas no ano de 2008. Classifico-o - assim como outros tantos - a frente de Di Stéfano por ele ainda ter muitos anos de carreira e pelo talento do argentino que, provavelmente, defenderá apenas a sua nacionalidade.

1. Diego Armando Maradona


Independente da raiva eterna dos brasileiros por conta daquela "mão amiga", realmente, ele era genial. Tinha um talento magnífico com a canhotinha, tanto que, na conquista de 1986, comandou e carregou a equipe argentina com belas jogadas. Para muitos é considerado o maior de toda história, superando até Pelé. Para não entrar em aspectos polêmicos, contento-me em dizer que, se eu pudesse ver alguém jogando, esse com certeza seria forte candidato. 

Os jogadores que mais vestiram a camisa azul e branca foram, respectivamente, Javier Zanetti, Roberto Ayala e Diego Simeone - outros três grandes jogadores argentinos. Já os artilheiros são: Gabriel Batistuta, Lionel Messi e Hernán Crespo (precisa dizer algo desse trio de ataque?)

Bom, deixando um pouco de lado a história dos nossos vizinhos, vamos agora a um breve resumo do caminho até aqui da seleção, ou seja, como garantiu o seu passaporte para a disputa do Mundial.

Com uma seleção com grandes nomes, principalmente, ofensivos, nas Eliminatórios Sul-Americanas, sem grandes dificuldades, carimbaram o passaporte ao Brasil em primeiro lugar - 9V | 5E | 2D | 35 gols marcados e 15 sofridos - sendo assim a primeira colocada geral. Ou seja, ao que parece e o que todos nós vemos, é de que a "nova safra" argentina tem sim grandes chances de dar trabalho às outras grandes seleções, visto os grandes nomes que ela tem em seu plantel.

O técnico, Alejandro Sabella, que desde 2011 comanda a esquadria argentina, fez uma mescla de estreantes e experientes na lista de convocados, porém, como já dito acima, o setor ofensivo, sem dúvidas, é um dos mais fortes da competição. 



Os arqueiros escolhidos foram Mariano Andújar (Catania), Agustín Orion (Boca) e Sergio Romero (Monaco), ambos, "desconhecidos" no cenário internacional, porém, que em seus respectivos clubes, apresentam certo equilíbrio que deve ser levado em conta.

No setor defensivo José Basanta (Monterrey), Hugo Campagnaro (Internazionale), Martín Demichelis (Manchester City), Federico Fernández (Napoli), Ezequiel Garay (Benfica), Marcos Rojo (Sporting de Lisboa) e Pablo Zabaleta (Manchester City) foram os escolhidos. Dentre eles apenas Romero, Andújar e Demichelis já disputaram uma Copa do Mundo. Ou seja, será que a "mescla" dará certo? 

Já do meio pra frente os comentários são desnecessários, pois, comandados por Fernando Gago, Mascherano e Di Maria (olho nele, amigos!) Ricardo Álvarez (Inter), Lucas Biglia (Lazio), Augusto Fernández (Celta), Enzo Pérez (Benfica) e Maximiliano Rodríguez (Newell´s) terão certa "facilidade" de encarar tal competição, aliás, terão trabalho para garantir uma vaga como titular.

E o ataque? Ah, amigos, o ataque, literalmente, é pra ninguém botar defeitos. Precisamos dizer algo de Lionel Messi, Sergio Agüero, Gonzalo Higuaín, Ezequiel Lavezzi e Rodrigo Palácio? Desculpem-me o termo, mas os adversários estão fudidos perdidos para não serem massacrados. E imaginem que esse ataque ainda poderia ter Carlitos Tevez que não foi convocado (merecidamente). 


Mesmo alguns nomes sendo "desconhecidos" de muitos, é preciso sempre lembrar que, independente do nome, todo argentino carrega no sangue a marra e a catimba natural de seu país que, convenhamos, enche o saco de qualquer adversário e, sim, faz com que, somada a sua experiência e os talentos inclusos no time, a Argentina seja uma forte candidata ao título mundial.

Sendo assim, diante de todos fatores, quem poderá dizer que nossos hermanos não tem chances? E aí, será que teremos a honra de eliminá-los nas fases eliminatórias?


SELEÇÃO DA BÓSNIA E HERZEGOVINA DE FUTEBOL

A novata Bósnia Herzegovina, que conquistou sua independência em 1992 (até então pertencia a Jugoslavia) pela primeira vez participará de uma Copa do Mundo e terá a honra de estrear no País do futebol. 

Apesar de muitos a considerem apenas como uma seleção fraca/mediana, é preciso muita atenção, afinal, a Bósnia, em 10 jogos das Eliminatórias Europeias, venceu apenas (pasmem) 8 jogos, tendo uma média de 3 gols por partida. Ou seja, mesmo não sendo a mesma coisa, depois de algumas tentativas frustradas no passado, a seleção nacional conseguiu formar uma base bastante sólida e disposta a alçar vôos mais altos.

Ao contrário da Argentina - até por ser uma caçulinha nesse meio - não há como listar listarmos os "grandes craques", afinal, não tem, ainda, nomes que marcaram história mundial. Porém, alguns importantes nomes vem se destacando em seus clubes.

Edin Džeko, atacante do Manchester City, é um desses que começam a ganhar destaque. Apesar de não ser nenhum gênio (assim como Messi e Di Maria) o atacante é matador e, junto com Vedad Ibisevic - atacante do Stuttgart - foram responsáveis por 18 gols da Seleção nas Eliminatórias (ao todo, foram marcados 30), ou seja, são números bastante atrativos.

Mas não para por aí não. Além da ofensividade bastante chamativa, a equipe possui um sistema defensivo consistente que, durante os 10 jogos das Eliminatórias, sofreu apenas 6 gols, não tendo sofrido em nenhum jogo mais de 1 gol. 

Porém, não podemos esquecer que, por mais que a fase seja boa, a camisa ainda não tem o peso necessário. E, diante outras seleções com bagagem na Copa do Mundo, a Bósnia ainda tem certa desvantagem.

O técnico Safet Susic escolheu Asmir Begovic (Stoke City/ING), Jasmin Fejzic (Aalen/ALE), Asmir Avdukic (Borac Banja Luka/BIH) como os paredões no gol.

Na defesa Emir Spahic (Bayer Leverkusen/ALE), Toni Sunjic (Zorya Lugansk/UCR), Sead Kolasinac (Schalke/ALE), Ognjen Vranjes (Elazigspor/TUR), Ervin Zukanovic (KAA Gent/BEL), Ermin Bicakcic (Eintracht Braunschweig/ALE) e Muhamed Besic (Ferencvaros/HUN) são os responsáveis por manterem a boa média defensiva.

Os eleitos para popularem o meio-campo da equipe, não menos importante, foram Miralem Pjanic, da Roma, que comanda esse setor, Izet Hajrovic (Galatasaray/TUR) e Mensur Mujdza (Freiburg/ALE). Haris Medunjanin (Gaziantepspor/TUR), Senad Lulic (Lazio/ITA), Anel Hadzic (Sturm Graz/AUT), Tino Susic (Hajduk Split/CRO), Sejad Salihovic (Hoffenheim/ALE), Zvjezdan Misimovic (Guizhou Renhe/CHN), Senijad Ibricic (Erciyesspor/TUR), Avdija Vrsajevic (Hajduk Split/CRO) completam a lista.

No ataque, além de Ibisevic e Dzeko - já citados acima - o Edin Visca, do Istambul BB - Turquia fecha a lista de convocados da seleção.

Por mais que os nomes estejam bastante longe dos nossos conhecimentos, nenhum deles atua na Liga Nacional. Grande maioria atua nas principais ligas europeias.

Será que a Bósnia nos surpreenderá e conseguirá suprir a falta de experiência com esse conjunto? 


SELEÇÃO IRANIANA DE FUTEBOL

Participações em Copas do Mundo:
Títulos: 1 vitória sobre os Estados Unidos (pra muitos é a maior conquista deles, principalmente, por ter sido em um ano de auge do conflito entre as nações).

Apesar de toda a sua força bélica, o futebol é reflexo da conturbada situação do País em critérios políticos, afinal, apesar de uma "boa campanha" nas Eliminatórias - vamos acompanhar abaixo - a Seleção ainda não inspira confiança para esse mundial tão concorrido.

Para garantir o seu passaporte ao Mundial no Brasil, a Seleção Iraniana, que disputou as Eliminatórias Asiáticas, garantiu, em 8 jogos, pela fase final - desconsiderando os primeiros confrontos contra seleções ainda mais frágeis -, 16 pontos (5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas), tendo marcado 8 gols e sofrendo 2. Garantiu o primeiro lugar do grupo estando a frente da Coreia do Sul.

E foram dois os responsáveis por essa "boa campanha" do Irã: 1 pelos 6 gols marcados nas Eliminatórias - o meia-atacante Javad Nekounam, que atua no CA Osasuna - e o outro é o também meia Reza Ghoochannejhad que marcou o gol contra a Coreia do Sul que garantiu o passaporte do Irã. Vale destacar que o segundo é bastante talentoso e foi cogitado até na Seleção Holandesa.

O responsável por comandar a equipe é o português Carlos Queiroz que, diante as suas possibilidades, escolheu Daniel Davari (Eintracht Braunschweig-ALE), Rahman Ahmadi (Sepahan Isfahan), Alireza Haqiqi (Sporting da Covilhã-POR) para defender, juntamente com Hossein Mahini (Persepolis), Jalal Hosseini (Persepolis), Amir Hossein Sadeqi (Esteghlal), Hashem Beykzadeh (Esteghlal), Mehrdad Pouladi (Persepolis), Ahmad Alenemeh (Naft Tehran), Pejman Montazeri (Umm Salal-CAT) e Steven Beitashour (Vancouver Whitecaps-CAN) o setor defensivo, desde o gol, passando pelos zagueiros e laterais.

Para o setor de criação/ligação Reza Haghighi (Persepolis), Andranik Teymourian (Esteghlal), Ghasem Hadadifar (Zob Ahan Isfahan), Bakhtiar Rahmani (Foolad), Javad Nekounam (Kuwait SC-KUW), Ehsan Hajsafi (Sepahan Isfahan) foram os preteridos pelo comandante.

Já no ataque Khosrow Heidari (Esteghlal), Karim Ansarifard (Tractor Sazi), Reza Ghoochannejhad (Charlton Athletic-ING), Alireza Jahanbakhsh (NEC-ALE),Masoud Shojaei (Las Palmas-ESP), Ashkan Dejagah (Fulham-ING) serão responsáveis pelos gols ou a tentativa de tais.

Sardar Azmoun, jovem de 19 anos, que defende o Rubin Kazan, da Russia, considerado por muitos como o "Messi Iraniano" - está na mira do Arsenal, da Inglaterra - foi a principal baixa iraniana, por opção do treinador. Ou seja, não será dessa vez que teremos um duelo Messi x Messi em uma Copa do Mundo.

E aí, será que a seleção do Irã nos proporcionará um "bombardeio" de emoções e surpresas? Ou será que será facilmente apaziguada pelos adversários?

SELEÇÃO NIGERIANA DE FUTEBOL

A Nigéria chega ao Brasil para disputar sua quinta Copa do Mundo. A segunda consecutiva e a terceira após a virada do século.

Para se classificar, a seleção nigeriana ficou em primeiro na fase de grupos das eliminatórias africanas. Num grupo fácil com Namíbia, Quênia e Malaui, foram seis jogos, três vitórias e três empates.

Na fase decisiva, teria que passar por cima da Etiópia para carimbar seu passaporte. Sendo assim, não encontrou dificuldades e venceu fora de casa por 2-1 e em seu território por 2-0.

Os responsáveis para levar a Nigéria o mais longe possível são:

Goleiros: Vincent Enyeama, Austin Ejide, Chigozie Agbim.

Defensores: Joseph Yobo, Elderson Echiejile, Juwon Oshaniwa, Godfrey Oboabona, Azubuike Egwuekwe, Kenneth Omeruo, Efe Ambrose, Kunle Odunlami.

Meias: John Mikel Obi, Ogenyi Onazi, Ramon Azeez, Michael Uchebo, Reuben Gabriel.

Atacantes: Peter Odemwingie, Ahmed Musa, Shola Ameobi, Emmanuel Emenike, Babatunde Michael, Victor Moses, Uche Nwofor.

Na história das Copas, a seleção africana já conseguiu chegar duas vezes nas oitavas, porém, nas últimas duas edições que participou, não foi bem e caiu ainda na fase de grupos. Porém, para 2014, se mostram empolgados. Principalmente o goleiro Enyeama, que chegou a declarar que eles irão chegar até as semifinais. Será?

Além do goleiro, outro destaque da equipe é sem dúvidas o atacante Victor Moses, que disputou um Mundial de Clubes pelo Chelsea, onde acabou derrotado pelo Corinthians. Hoje ele se encontra no Liverpool e tem a função de ser o principal jogador do time. Outros jogadores importantes são: Obi Mikel, Odemwingie, Ameobi e Emenike.

Bom, leitores, espero que tenham apreciado a leitura e, principalmente, conhecido um pouco mais a história e as expectativas de cada equipe.

Por: William Rodrigues - Argentina, Bósnia e Irã - e por Matheus Leal - Nigéria.

8 de jun. de 2014

Plantão da Copa - Grupo E: Em grupo teoricamente fácil, Suíça e França fazem duelo a parte

Bem amigos do Plantão do Futebol, é chegada a grande hora da disputa do maior torneio mundial - a Copa do Mundo de Futebol. Ah, como diria Galvão Bueno, haja coração pra essa disputa. E, atento ao gosto elevado da leitura de vocês, estamos lançando algumas crônicas sobre os grupos da competição desse ano. Essa será a primeira - de muitas - Copa do Plantão e nós traremos todos os detalhes para vocês, começando com esse guia de cada grupo e cada seleção que estará em nosso país. Afinal, como diz nosso slogan, informar é a nossa missão!

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GUIA DO GRUPO A

EQUADOR


CAMINHO ATÉ AQUI:

A seleção sul-americana garantiu sua vaga no Mundial após terminar as eliminatórias na quarta colocação. Foram 17 jogos, sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas, obtendo assim a mesma campanha do Uruguai. Porém, por ter maior saldo de gols, escaparam da respescagem.

Sua estreia na Copa está marcada para o dia 15, contra a Suíça, às 13h, em Brasília. Logo em seguida, no dia 20, enfrenta Honduras, em Curitiba, às 19h. Fechando sua participação na fase de grupos, vai ao Rio de Janeiro enfrentar a França, no dia 25, às 17h.

CONVOCAÇÃO:

Com destaque para o atacante Felipe Caicedo e para o meia Antonio Valencia, do Manchester United, os 23 convocados por Reinaldo Rueda foram:


EXPECTATIVAS:

Após empatar três dos quatro amistosos de preparação para a Copa, todos contra seleções fortes - Argentina, Holanda e Inglaterra -, o Equador chega ao Brasil esperançoso com uma possível classificação para as oitavas, que, caso aconteça, igualaria sua melhor campanha em Mundiais.

Os jogos contra a cabeça de chave Suíça e contra a desfalcada França serão de suma importância para os equatorianos, já que as duas vagas provavelmente serão disputadas apenas pelas três.

HISTÓRICO:

Indo apenas para a sua terceira Copa do Mundo, a seleção do Equador estreou em 2002 em Mundiais, mas acabou sendo eliminado ainda na fase de grupos, após perder para Itália por 2-0 e México por 2-1. Na ocasião, sua única vitória foi contra a Croácia, adversária do Brasil em 2014.

Já em 2006, disputando sua segunda e última Copa até agora, o resultado foi mais satisfatório e os equatorianos conseguiram avançar às oitavas com uma campanha de duas vitórias e uma derrota na fase de grupos. No mata-mata enfrentou a Inglaterra e perdeu por 1-0.

Até hoje foram: 2 participações, 7 jogos, 3 vitórias, 4 derrotas, 6 gols pró, 8 gols contra, -2 gol de saldo, 43% de aproveitamento de pontos.

PALPITE:

Eliminada ainda na fase de grupos.

FRANÇA

Ribéry foi cortado com dores lombares
CAMINHO ATÉ AQUI: 

A França não teve vida fácil para conseguir sua vaga na Copa do Mundo 2014. Isso porque, nas eliminatórias europeias, apenas uma seleção garante vaga direta por cada grupo e a seleção francesa pertencia ao grupo I, o mesmo da Espanha, atual campeã Mundial. Foram oito jogos, cinco vitórias, dois empates e uma derrota. Esta justamente para a Fúria, o que fez toda diferença na colocação.

Com o segundo lugar assegurado, os franceses garantiram ao menos uma nova chance e foram disputar a repescagem. No sorteio, a Ucrânia foi definada como sua adversária. O primeiro jogo aconteceu em Kiev e terminou 2-0 para os donos da casa. Porém, no Stade de France, Paris, o peso da camisa contou, e a França conseguiu reverter o placar e carimbar passaporte após uma vitória emocionante por 3-0.

CONVOCAÇÃO:

Inexplicavelmente sem Nasri e com Remy Cabella e Schneiderlin convocados para os lugares de Ribéry e Grenier, cortados por lesão, a França está convocada assim:


EXPECTATIVAS:

Mesmo sem seu principal jogador e com seu possível substituto fora da lista de convocados, a seleção francesa continua sendo uma seleção bem forte e chega disposta a ir o mais longe possível no Brasil. Carrasca da Seleção Brasileira, a França tem um grupo teoricamente fácil e provavelmente irá avançar à próxima fase.

HISTÓRICO:

Indo para seu 14º Mundial, esta será a 5º Copa seguida da França. Em 1938, disputou o torneio em sua própria casa. Fato este que não ajudou em sua campanha e eles acabaram eliminados nas oitavas. Curiosamente, mesmo com as 14 Copas no currículo, passou de fase em apenas quatro. Inclusive em 2010, caiu na fase de grupos ficando em último lugar, com somente um ponto conquistado.

Em 1998, garantiu seu primeiro e único Mundial, após vitória por 3-0 em cima do Brasil. Em 2006, onde foi vice-campeã, perdendo para a Itália nos pênaltis, em jogos jogo marcado pela cabeçada de Zidane em Materazzi, também deixou a Seleção Brasileira pelo caminho. Jogo onde o fato marcante foi a crucificação de Roberto Carlos, por estar arrumando o meião no lance do gol de Henry.

PALPITE:

Avança de fase, mas cai ainda nas oitavas.

                                                 HONDURAS                                                 


CAMINHO ATÉ AQUI:

A seleção hondurenha teve vida tranquila para garantir sua vaga no Mundial. Entrando apenas na terceira fase das eliminatórias Américas do Norte, Central e do Caribe, teve uma boa campanha na fase de grupos e se classificou para a fase final na primeira colocação. Foram seis jogos, três vitórias, dois empates e uma derrota. 11 pontos no total.

Na fase seguinte e decisiva, três das seis seleções classificadas iriam garantir vaga direta na Copa. A quarta colocada iria para a repescagem. Honduras não bobeou e, com 15 pontos conquistados e um terceiro lugar assegurado, carimbou seu passaporte rumo ao seu terceiro Mundial.

CONVOCAÇÃO:


EXPECTATIVAS:

Sem muitas ambições para a Mundial 2014, Honduras tenta primeiramente conquistar um único ponto que seja e, quem sabe, não ser a última colocada do grupo. Porém, seu maior objetivo é vencer pela primeira vez um jogo de Copa do Mundo. Até hoje foram seis jogos e nenhuma derrota.

HISTÓRICO:

A Copa no Brasil será a terceira na história da seleção hondurenha. Sua segunda consecutiva, já que esteve presente em 2010, na África do Sul. Na ocasião, inclusive, também foi companheira de grupo da Suíça e foi eliminada ficando em último lugar, com apenas um ponto conquistado.

PALPITE:

Saco de pancadas. Cai na fase de grupos.

                                                      SUIÇA                                                        


CAMINHO ATÉ AQUI:

A Suíça não teve dificuldades e garantiu sua vaga na Copa do Mundo 2014 após uma eliminatórias europeias tranquila. Coincidentemente também no grupo E, teve que enfrentar Islândia, Eslovênia, Noruega, Albânia e Chipre. Dos 10 jogos disputados, conquistou sete vitórias e três empates, terminando de forma invicta a fase classificatória.

Com a vaga no Mundial, disputou mais três amistosos preparatórios e também não perdeu. Foi um empate, contra a Croácia por 2-2, e duas vitórias, contra Jamaica por 1-0 e contra o Peru, por 2-0.

CONVOCAÇÃO:


EXPECTATIVAS:

Sétima colocada no ranking da Fifa, cabeça de chave do grupo E e invicta desde que começou sua preparação para a Copa 2014, a Suíça espera que o solo brasileiro lhe renda bons resultados, assim como 1950, quando conseguiu sua melhor colocação em Mundiais.

A seleção suíça tem tudo para se avançar na primeira colocação do grupo, o que poderia facilitar sua vida na fase de mata-mata. As expectativas são enormes por parte de todos, que apontam a apontam como uma das possíveis "zebras" para esta Copa. Não para ser campeã, mas sim para dificultar e eliminar grandes seleções.

HISTÓRICO:

Indo para sua décima Copa do Mundo, a terceira consecutiva, a Suíça garantiu sua melhor colocação em 1950, também no Brasil. Na ocasião, conquistou um sexto lugar na classificação geral. Em 2006, caiu nas oitavas.

Na última Copa disputada, em 2014, na África do Sul, caiu em um grupo com Espanha, Chile e Honduras e acabou caindo ainda na primeira fase. Foram três jogos, uma vitória, um empate e uma derrota. O resultado foi decepcionante, pois empatou com a seleção hondurenha na última rodada, disperdiçando a chance de avançar de fase. Curiosamente, mesmo eliminada, "consagrou-se" por ser a única seleção a vencer a futura campeã Espanha.

PALPITE:

Dependendo de sua colocação na primeira fase, tem futebol para avançar até às semifinais.

Bom, leitores, espero que tenham apreciado a leitura e, principalmente, conhecido um pouco mais a história e as expectativas de cada equipe.

Por: Matheus Leal
Twitter: @matheusleal1

11 de dez. de 2013

Entrevista exclusiva com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN

Amigos leitores do Plantão do Futebol, é com enorme prazer que divulgamos nossa entrevista com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN.

Léo Bertozzi é um dos grandes comentaristas esportivo da atualidade e nos contou desde seu início de sua carreira até fatos recentes, como o debate entre modelo de campeonato e a polêmica escolha de Diego Costa. E, para saber tudo o que Bertozzi acha, você não pode deixar de ler toda a entrevista que está logo abaixo.

Bom, após essa breve introdução, gostaríamos de agradecer o nosso entrevistado, que foi muito atencioso e simpático conosco. E dizer que ficou muito bacana e que nós adoramos.

Espero que gostem assim como nós.



1- Léo, para começar, poderia nos contar como foi que tomou a decisão de ser jornalista esportivo?

RESP: Sempre foi meu objetivo. Gostava de esportes, gostava de acompanhar os jornais, a cobertura televisiva, tudo que envolvia o jornalismo esportivo. Posso dizer que era um sonho de criança.

2- Como foi sua trajetória até chegar na ESPN?

RESP: Para encurtar a história, eu tinha experiência em edição de sites esportivos e criei meu próprio site sobre futebol europeu em 2004. A partir dali, consegui bons contatos na área. Graças a um convite do Mauro Beting, participei de programas e transmissões de jogos no BandSports. Também comentei algumas partidas no FX. Em 2009 recebi um convite para comentar jogos na ESPN, e a partir dali me firmei no canal, passando a fazer programas, rádio, blog, etc.

3- Nos últimos anos e nesse, inclusive, está rolando uma grande polêmica envolvendo o campeonato de pontos corridos. O que você acha desse formato?

RESP: Não acredito que haja polêmica. O formato de pontos corridos já está consolidado e amadurecido. Não tenho saudade dos tempos em que mal sabíamos qual seria a fórmula de disputa do campeonato, e chegamos até a ter campeões com saldo negativo e vices invictos.

4- Mata-mata ou pontos corridos? Por que?

RESP: Pontos corridos para o Brasileirão. Mata-mata para o resto.

5- É notório a queda de qualidade do Brasileirão neste ano de 2013. Hoje, por exemplo, talvez o único destaque seja o futebol jogado pelo Cruzeiro. Por que você acha que isso aconteceu?

RESP: Um campeonato de 38 rodadas praticamente espremido em um semestre. Como cobrar bom futebol e espetáculo de um campeonato que mal dá tempo para os times treinarem? Não existe mágica.

6- Bom Senso FC, apoia ou não? Por que?

RESP: Sim. Já era hora de os jogadores se posicionarem, como principais artistas do espetáculo, e exigirem mais voz na definição dos rumos do futebol brasileiro. O nosso calendário se tornou inviável e somente com um posicionamento forte será possível mudá-lo.
7- Poderia escalar sua seleção do Brasileirão 2013?

RESP: Jefferson (Botafogo), Mayke (Cruzeiro), Bruno Rodrigo (Cruzeiro), Rodrigo (Goiás), Alex Telles (Grêmio), Nílton (Cruzeiro), Elias (Flamengo), Éverton Ribeiro (Cruzeiro), Seedorf (Botafogo), D'Alessandro (Internacional) e Walter (Goiás).

8- Sobre o Mundial 2013, o Galo terá chances numa provável final contra o Bayern? Poderia fazer uma aposta no resultado?

RESP: Ninguém entra em campo sem chances. Evidentemente, o favoritismo é do Bayern, como será o de qualquer europeu no Mundial, dada a diferença de estrutura e investimentos entre o futebol europeu e o sul-americano. O que não significa que se vença antes de entrar em campo.

9- Mudando de assunto, como vê essa polêmica envolvendo o Diego Costa? Na sua opinião, ele acertou ou errou?

RESP: Não dá para falar em erro ou acerto. É a decisão dele e deve ser respeitada. Pode-se questionar o relaxamento das regras da Fifa, o que permitiu que o jogador mudasse de seleção após ter disputado amistosos pelo Brasil. Mas se é permitido que ele mude, não há como condená-lo.

10- Você, no lugar dele, escolheria qual Seleção? Por que?

RESP: É difícil escolher pelos outros. Se a Espanha lhe deu mais garantias de longo prazo que o Brasil, é uma escolha compreensível.

11- O que acha da postura da FIFA ao não intervir? Esse fato não pode fazer com que "banalizem" a pátria e torne as convocações de jovens promessas numa corrida de quem chegar primeiro como, por exemplo, a briga pelo Januzaj?

RESP: No caso do Januzaj, ele parece saber bem o que quer: jogar pelo Kosovo, ainda que isso signifique esperar pelo reconhecimento do país pela Fifa. O conceito de nacionalidade hoje é muito complexo. Os fluxos migratórios, as guerras, tudo isso mexeu bastante com a geopolítica e também com o senso de pertencimento. Como eu disse, a Fifa não deveria permitir uma mudança uma vez que se faz a escolha. Mas não acho que se trate de banalização da pátria.

12- Copa do Mundo 2014, o que você espera do Brasil? Hoje, quem você convocaria que não esteve na última seleção do Felipão?

RESP: Gostaria de ver o Philippe Coutinho, mas ele se lesionou em seu melhor momento. Talvez haja tempo para uma oportunidade. O Brasil cresceu muito no último ano, e jogando em casa deve fazer uma grande Copa.

13- Poderia escalar sua seleção brasileira para nós?

RESP: Eu jogaria com Diego Alves; Daniel Alves, Thiago Silva, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho; Ramires, Oscar e Neymar; Fred.

14- Pra fechar, gostaria de deixar um último recado aos nossos leitores que, como nós, são seus fãs e pretendem ser futuros jornalistas?

RESP: Escrever bastante, estudar muito e nunca deixar de praticar. O jornalista que acha que sabe tudo e não tem vontade de aprender mais não tem futuro na profissão.

Bom galera, espero que tenham gostado. Se puderem, divulguem nas redes sociais e comentem para nos dar suas opiniões

Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal.

Twitter: @matheusleal1