11 de dez. de 2013

Entrevista exclusiva com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN

Amigos leitores do Plantão do Futebol, é com enorme prazer que divulgamos nossa entrevista com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN.

Léo Bertozzi é um dos grandes comentaristas esportivo da atualidade e nos contou desde seu início de sua carreira até fatos recentes, como o debate entre modelo de campeonato e a polêmica escolha de Diego Costa. E, para saber tudo o que Bertozzi acha, você não pode deixar de ler toda a entrevista que está logo abaixo.

Bom, após essa breve introdução, gostaríamos de agradecer o nosso entrevistado, que foi muito atencioso e simpático conosco. E dizer que ficou muito bacana e que nós adoramos.

Espero que gostem assim como nós.



1- Léo, para começar, poderia nos contar como foi que tomou a decisão de ser jornalista esportivo?

RESP: Sempre foi meu objetivo. Gostava de esportes, gostava de acompanhar os jornais, a cobertura televisiva, tudo que envolvia o jornalismo esportivo. Posso dizer que era um sonho de criança.

2- Como foi sua trajetória até chegar na ESPN?

RESP: Para encurtar a história, eu tinha experiência em edição de sites esportivos e criei meu próprio site sobre futebol europeu em 2004. A partir dali, consegui bons contatos na área. Graças a um convite do Mauro Beting, participei de programas e transmissões de jogos no BandSports. Também comentei algumas partidas no FX. Em 2009 recebi um convite para comentar jogos na ESPN, e a partir dali me firmei no canal, passando a fazer programas, rádio, blog, etc.

3- Nos últimos anos e nesse, inclusive, está rolando uma grande polêmica envolvendo o campeonato de pontos corridos. O que você acha desse formato?

RESP: Não acredito que haja polêmica. O formato de pontos corridos já está consolidado e amadurecido. Não tenho saudade dos tempos em que mal sabíamos qual seria a fórmula de disputa do campeonato, e chegamos até a ter campeões com saldo negativo e vices invictos.

4- Mata-mata ou pontos corridos? Por que?

RESP: Pontos corridos para o Brasileirão. Mata-mata para o resto.

5- É notório a queda de qualidade do Brasileirão neste ano de 2013. Hoje, por exemplo, talvez o único destaque seja o futebol jogado pelo Cruzeiro. Por que você acha que isso aconteceu?

RESP: Um campeonato de 38 rodadas praticamente espremido em um semestre. Como cobrar bom futebol e espetáculo de um campeonato que mal dá tempo para os times treinarem? Não existe mágica.

6- Bom Senso FC, apoia ou não? Por que?

RESP: Sim. Já era hora de os jogadores se posicionarem, como principais artistas do espetáculo, e exigirem mais voz na definição dos rumos do futebol brasileiro. O nosso calendário se tornou inviável e somente com um posicionamento forte será possível mudá-lo.
7- Poderia escalar sua seleção do Brasileirão 2013?

RESP: Jefferson (Botafogo), Mayke (Cruzeiro), Bruno Rodrigo (Cruzeiro), Rodrigo (Goiás), Alex Telles (Grêmio), Nílton (Cruzeiro), Elias (Flamengo), Éverton Ribeiro (Cruzeiro), Seedorf (Botafogo), D'Alessandro (Internacional) e Walter (Goiás).

8- Sobre o Mundial 2013, o Galo terá chances numa provável final contra o Bayern? Poderia fazer uma aposta no resultado?

RESP: Ninguém entra em campo sem chances. Evidentemente, o favoritismo é do Bayern, como será o de qualquer europeu no Mundial, dada a diferença de estrutura e investimentos entre o futebol europeu e o sul-americano. O que não significa que se vença antes de entrar em campo.

9- Mudando de assunto, como vê essa polêmica envolvendo o Diego Costa? Na sua opinião, ele acertou ou errou?

RESP: Não dá para falar em erro ou acerto. É a decisão dele e deve ser respeitada. Pode-se questionar o relaxamento das regras da Fifa, o que permitiu que o jogador mudasse de seleção após ter disputado amistosos pelo Brasil. Mas se é permitido que ele mude, não há como condená-lo.

10- Você, no lugar dele, escolheria qual Seleção? Por que?

RESP: É difícil escolher pelos outros. Se a Espanha lhe deu mais garantias de longo prazo que o Brasil, é uma escolha compreensível.

11- O que acha da postura da FIFA ao não intervir? Esse fato não pode fazer com que "banalizem" a pátria e torne as convocações de jovens promessas numa corrida de quem chegar primeiro como, por exemplo, a briga pelo Januzaj?

RESP: No caso do Januzaj, ele parece saber bem o que quer: jogar pelo Kosovo, ainda que isso signifique esperar pelo reconhecimento do país pela Fifa. O conceito de nacionalidade hoje é muito complexo. Os fluxos migratórios, as guerras, tudo isso mexeu bastante com a geopolítica e também com o senso de pertencimento. Como eu disse, a Fifa não deveria permitir uma mudança uma vez que se faz a escolha. Mas não acho que se trate de banalização da pátria.

12- Copa do Mundo 2014, o que você espera do Brasil? Hoje, quem você convocaria que não esteve na última seleção do Felipão?

RESP: Gostaria de ver o Philippe Coutinho, mas ele se lesionou em seu melhor momento. Talvez haja tempo para uma oportunidade. O Brasil cresceu muito no último ano, e jogando em casa deve fazer uma grande Copa.

13- Poderia escalar sua seleção brasileira para nós?

RESP: Eu jogaria com Diego Alves; Daniel Alves, Thiago Silva, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho; Ramires, Oscar e Neymar; Fred.

14- Pra fechar, gostaria de deixar um último recado aos nossos leitores que, como nós, são seus fãs e pretendem ser futuros jornalistas?

RESP: Escrever bastante, estudar muito e nunca deixar de praticar. O jornalista que acha que sabe tudo e não tem vontade de aprender mais não tem futuro na profissão.

Bom galera, espero que tenham gostado. Se puderem, divulguem nas redes sociais e comentem para nos dar suas opiniões

Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal.

Twitter: @matheusleal1