Amigos leitores do Plantão do Futebol, é com enorme prazer que divulgamos nossa entrevista com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN.
Léo Bertozzi é um dos grandes comentaristas esportivo da atualidade e nos contou desde seu início de sua carreira até fatos recentes, como o debate entre modelo de campeonato e a polêmica escolha de Diego Costa. E, para saber tudo o que Bertozzi acha, você não pode deixar de ler toda a entrevista que está logo abaixo.
Bom, após essa breve introdução, gostaríamos de agradecer o nosso entrevistado, que foi muito atencioso e simpático conosco. E dizer que ficou muito bacana e que nós adoramos.
Espero que gostem assim como nós.
1- Léo, para começar, poderia nos contar como foi que tomou a decisão de ser jornalista esportivo?
RESP: Sempre foi meu objetivo. Gostava de esportes, gostava de acompanhar
os jornais, a cobertura televisiva, tudo que envolvia o jornalismo
esportivo. Posso dizer que era um sonho de criança.
2- Como foi sua trajetória até chegar na ESPN?
RESP: Para encurtar a história, eu tinha experiência em edição de sites
esportivos e criei meu próprio site sobre futebol europeu em 2004. A
partir dali, consegui bons contatos na área. Graças a um convite do
Mauro Beting, participei de programas e transmissões
de jogos no BandSports. Também comentei algumas partidas no FX. Em 2009
recebi um convite para comentar jogos na ESPN, e a partir dali me firmei
no canal, passando a fazer programas, rádio, blog, etc.
3- Nos últimos anos e nesse, inclusive, está rolando uma grande
polêmica envolvendo o campeonato de pontos corridos. O que você acha
desse formato?
RESP: Não acredito que haja polêmica. O formato de pontos corridos já
está consolidado e amadurecido. Não tenho saudade dos tempos em que mal
sabíamos qual seria a fórmula de disputa do campeonato, e chegamos até a
ter campeões com saldo negativo e vices invictos.
4- Mata-mata ou pontos corridos? Por que?
RESP: Pontos corridos para o Brasileirão. Mata-mata para o resto.
5- É notório a queda de qualidade do Brasileirão neste ano de 2013.
Hoje, por exemplo, talvez o único destaque seja o futebol jogado pelo
Cruzeiro. Por que você acha que isso aconteceu?
RESP: Um campeonato de 38 rodadas praticamente espremido em um semestre.
Como cobrar bom futebol e espetáculo de um campeonato que mal dá tempo
para os times treinarem? Não existe mágica.
6- Bom Senso FC, apoia ou não? Por que?
RESP: Sim. Já era hora de os jogadores se posicionarem, como principais
artistas do espetáculo, e exigirem mais voz na definição dos rumos do
futebol brasileiro. O nosso calendário se tornou inviável e somente com
um posicionamento forte será possível mudá-lo.
7- Poderia escalar sua seleção do Brasileirão 2013?
RESP: Jefferson (Botafogo), Mayke (Cruzeiro), Bruno Rodrigo (Cruzeiro),
Rodrigo (Goiás), Alex Telles (Grêmio), Nílton (Cruzeiro), Elias
(Flamengo), Éverton Ribeiro (Cruzeiro), Seedorf (Botafogo), D'Alessandro
(Internacional) e Walter (Goiás).
8- Sobre o Mundial 2013, o Galo terá chances numa provável final contra o Bayern? Poderia fazer uma aposta no resultado?
RESP: Ninguém entra em campo sem chances. Evidentemente, o favoritismo é
do Bayern, como será o de qualquer europeu no Mundial, dada a diferença
de estrutura e investimentos entre o futebol europeu e o sul-americano. O
que não significa que se vença antes de
entrar em campo.
9- Mudando de assunto, como vê essa polêmica envolvendo o Diego Costa? Na sua opinião, ele acertou ou errou?
RESP: Não dá para falar em erro ou acerto. É a decisão dele e deve ser
respeitada. Pode-se questionar o relaxamento das regras da Fifa, o que
permitiu que o jogador mudasse de seleção após ter disputado amistosos
pelo Brasil. Mas se é permitido que ele mude,
não há como condená-lo.
10- Você, no lugar dele, escolheria qual Seleção? Por que?
RESP: É difícil escolher pelos outros. Se a Espanha lhe deu mais garantias de longo prazo que o Brasil, é uma escolha compreensível.
11- O que acha da postura da FIFA ao não intervir? Esse fato não
pode fazer com que "banalizem" a pátria e torne as convocações de jovens
promessas numa corrida de quem chegar primeiro como, por exemplo, a
briga pelo Januzaj?
RESP: No caso do Januzaj, ele parece saber bem o que quer: jogar pelo
Kosovo, ainda que isso signifique esperar pelo reconhecimento do país
pela Fifa. O conceito de nacionalidade hoje é muito complexo. Os fluxos
migratórios, as guerras, tudo isso mexeu bastante
com a geopolítica e também com o senso de pertencimento. Como eu disse, a
Fifa não deveria permitir uma mudança uma vez que se faz a escolha. Mas
não acho que se trate de banalização da pátria.
12- Copa do Mundo 2014, o que você espera do Brasil? Hoje, quem você convocaria que não esteve na última seleção do Felipão?
RESP: Gostaria de ver o Philippe Coutinho, mas ele se lesionou em seu
melhor momento. Talvez haja tempo para uma oportunidade. O Brasil
cresceu muito no último ano, e jogando em casa deve fazer uma grande
Copa.
13- Poderia escalar sua seleção brasileira para nós?
RESP: Eu jogaria com Diego Alves; Daniel Alves, Thiago Silva, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho; Ramires, Oscar e Neymar; Fred.
14- Pra fechar, gostaria de deixar um último recado aos nossos
leitores que, como nós, são seus fãs e pretendem ser futuros
jornalistas?
RESP: Escrever bastante, estudar muito e nunca deixar de praticar. O
jornalista que acha que sabe tudo e não tem vontade de aprender mais não
tem futuro na profissão.
Bom galera, espero que tenham gostado. Se puderem, divulguem nas redes sociais e comentem para nos dar suas opiniões
Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal.
Twitter: @matheusleal1