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10 de dez. de 2014

Entrevista exclusiva com o jornalista Rica Perrone



Dois anos depois, é com enorme prazer que o Plantão volta a entrevistar o grande jornalista Rica Perrone. Nós, da equipe, gostaríamos de agradecer ao Rica, que prontamente respondeu nossas mensagens e foi extremamente solícito. Agora, esperamos que vocês gostem.

Para começar, Rica Perrone respondeu sobre o domínio mineiro nos últimos dois anos e, segundo ele, isso não passa de uma fase que pode e vai acabar daqui a pouco.

- Uma fase como as que vivemos nos últimos 100 anos. Daqui a pouco são os gaúchos, depois paulistas, cariocas, vai alternando. Não vejo grandes teorias. É um acaso termos os dois de uma só região dominando. Mas é só acaso. Pode apostar seu figado que eles não sentaram e combinaram uma forma de melhorar “o futebol mineiro" - disse.

O jornalista também avaliou o "futebol carioca" e se mostrou contra à essa avaliação por cidades. Para ele, Flamengo é Flamengo, Fluminense é Fluminense e por aí vai. Não tem essa de generalizar e avaliar em grupo. Além disso, classificou a atual diretoria do rubro-negro carioca como a melhor da América do Sul.

- Não existe “futebol do Rio”. Um clube não fala com outro, os problemas deles são completamente diferentes e a melhor diretoria de clube da América do Sul hoje é do Flamengo, que fica no Rio de Janeiro.  Essa coisa de tratar os clubes por região não é muito minha cara. O Palmeiras é paulista, o Vasco carioca. Os dois tem vivido anos trágicos. O futebol do RJ e de SP são parte disso?  O macaé subiu. Então devemos aplaudir “o futebol carioca” ou o Macaé? Eu individualizo - respondeu.

Confira a entrevista na íntegra:

Esse ano de 2014 tivemos eleições em diversos clubes e todas bem polêmicas. O que achou da volta de Eurico Miranda no Vasco, da permanência de Paulo Nobre no Palmeiras e da vitória do Carlos Eduardo Pereira no Botafogo? Pode falar um pouco sobre cada uma?

Acho que o Vasco teve uma eleição absurda, cheia de sacanagem, onde o clube é praticamente “tomado” como uma boca de fumo de volta por um líder.  Não dá pra imaginar um Vasco melhor a médio prazo. Só a curto, pois o Eurico não é burro e vai fazer a gestão dele funcionar. O problema é o pós. O Paulo Nobre não conheço de perto, e o Carlos Eduardo idem. 

Como torcedor e jornalista, o que você achou do novo adiamento da aposentadoria de Rogério Ceni? Pode ser um tiro no pé, já que hoje ele pararia em alta? Acha que ele consegue esse título da Libertadores para aposentar com chave de ouro?

Acho que ele devia ter parado na Sul-Americana de 2012 campeão. Achei que ele seria um grande marcenário e pararia em alta. Mas ele está tentando correr o risco de ser um contestável goleiro em campo carregando uma história. Eu não correria. Mas ele é o cara, não eu. Se ele diz que pode, quem discorda? 

O que você acha da mídia esportiva contratando ex-jogadores e tirando o espaço de jornalistas que estudaram para aquilo?

Acho ótimo. Na faculdade de jornalismo alguém ensina futebol pra alguém? Então…

Agora, vamos falar um pouco de Seleção Brasileira.

Após o vexame contra a Alemanha e a entrada do técnico Dunga, a Seleção teve uma nítida melhora no seu desempenho e rendimento. O que você está achando do trabalho do nosso novo treinador? Acha que ele foi injustiçado em 2010?

Acho que todo treinador de seleção é injustiçado.  Seu trabalho é bom como foi em 2010, mas infelizmente nossa mídia esportiva é tosca e não enxerga um palmo na frente do nariz. Toda vez que a seleção perder vão radicalizar nas mudanças e 4 anos depois pedir mais consistência no trabalho a longo prazo. Chega a ser cômico. 

Como você avalia as atuais convocações? Há vida sem Neymar?

Há. Mas não precisamos dessa vida. Neymar é brasileiro. Ele é parte do nosso time. Eu não gosto da seleção como lugar de apostas. Mas se é feito assim há anos, que diferença faz agora? 

Agora sobre você.

Qual seu objetivo com esses novos projetos no youtube - excelentes, diga-se de passagem -?

Fazer diferente do que os outros já fazem, ganhar dinheiro e fazer o que gosto. Sempre. O blog já fiz ser um sucesso. Preciso de outro desafio. 

Na nossa primeira entrevista eu lembro que ninguém sabia como era o rosto de Rica Perrone. Hoje não mais. O que mudou? As pessoas te reconhecem na rua? Como está o assédio?

Reconhecem sim. Mas é tranquilo. Eu não sou artista, sou jornalista. No máximo uma fotinho. Mas não tem nada demais. Aprendi a conviver porque no RJ é mais fácil isso.  

Televisão, há vontade?

Zero. Só me pagando muito. 

Para finalizar, vamos nos inspirar no seu programa "Cara a tapa" e vamos seguir quase a mesma linha. Peço que dê uma nota e justifique.

CBF

5 - Porque dá ótima estrutura pra seleção, ganha dinheiro pra caralho e desde que me entendo por gente ganhar dinheiro não é defeito. Isso só na cabeça de merda dos jornalistas brasileiros que ganham mal é um problema. Ela é muito ruim no interno, mas muito boa pra seleção. 

ESPN

3 - Uma emissora burra comercialmente, que tem sua marca atrelada fortemente a 3 caras azedos e insuportáveis que fazem do futebol um problema e não um lazer. Não assisto. 

Futebol Brasileiro

7 - O terceiro melhor campeonato do mundo e uma ilha de prosperidade financeira e crescimento de receitas num continente falido não pode ser um lixo. Se voce individualizar os nacionais da europa e matar a champions eles morrem todos de fome. 

Cristiano Ronaldo ou Messi?

Cristiano Ronaldo. Porque não é argentino.


Mais uma vez agradecemos ao @RicaPerrone e espero que todos os leitores tenham gostado.


11 de dez. de 2013

Entrevista exclusiva com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN

Amigos leitores do Plantão do Futebol, é com enorme prazer que divulgamos nossa entrevista com Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN.

Léo Bertozzi é um dos grandes comentaristas esportivo da atualidade e nos contou desde seu início de sua carreira até fatos recentes, como o debate entre modelo de campeonato e a polêmica escolha de Diego Costa. E, para saber tudo o que Bertozzi acha, você não pode deixar de ler toda a entrevista que está logo abaixo.

Bom, após essa breve introdução, gostaríamos de agradecer o nosso entrevistado, que foi muito atencioso e simpático conosco. E dizer que ficou muito bacana e que nós adoramos.

Espero que gostem assim como nós.



1- Léo, para começar, poderia nos contar como foi que tomou a decisão de ser jornalista esportivo?

RESP: Sempre foi meu objetivo. Gostava de esportes, gostava de acompanhar os jornais, a cobertura televisiva, tudo que envolvia o jornalismo esportivo. Posso dizer que era um sonho de criança.

2- Como foi sua trajetória até chegar na ESPN?

RESP: Para encurtar a história, eu tinha experiência em edição de sites esportivos e criei meu próprio site sobre futebol europeu em 2004. A partir dali, consegui bons contatos na área. Graças a um convite do Mauro Beting, participei de programas e transmissões de jogos no BandSports. Também comentei algumas partidas no FX. Em 2009 recebi um convite para comentar jogos na ESPN, e a partir dali me firmei no canal, passando a fazer programas, rádio, blog, etc.

3- Nos últimos anos e nesse, inclusive, está rolando uma grande polêmica envolvendo o campeonato de pontos corridos. O que você acha desse formato?

RESP: Não acredito que haja polêmica. O formato de pontos corridos já está consolidado e amadurecido. Não tenho saudade dos tempos em que mal sabíamos qual seria a fórmula de disputa do campeonato, e chegamos até a ter campeões com saldo negativo e vices invictos.

4- Mata-mata ou pontos corridos? Por que?

RESP: Pontos corridos para o Brasileirão. Mata-mata para o resto.

5- É notório a queda de qualidade do Brasileirão neste ano de 2013. Hoje, por exemplo, talvez o único destaque seja o futebol jogado pelo Cruzeiro. Por que você acha que isso aconteceu?

RESP: Um campeonato de 38 rodadas praticamente espremido em um semestre. Como cobrar bom futebol e espetáculo de um campeonato que mal dá tempo para os times treinarem? Não existe mágica.

6- Bom Senso FC, apoia ou não? Por que?

RESP: Sim. Já era hora de os jogadores se posicionarem, como principais artistas do espetáculo, e exigirem mais voz na definição dos rumos do futebol brasileiro. O nosso calendário se tornou inviável e somente com um posicionamento forte será possível mudá-lo.
7- Poderia escalar sua seleção do Brasileirão 2013?

RESP: Jefferson (Botafogo), Mayke (Cruzeiro), Bruno Rodrigo (Cruzeiro), Rodrigo (Goiás), Alex Telles (Grêmio), Nílton (Cruzeiro), Elias (Flamengo), Éverton Ribeiro (Cruzeiro), Seedorf (Botafogo), D'Alessandro (Internacional) e Walter (Goiás).

8- Sobre o Mundial 2013, o Galo terá chances numa provável final contra o Bayern? Poderia fazer uma aposta no resultado?

RESP: Ninguém entra em campo sem chances. Evidentemente, o favoritismo é do Bayern, como será o de qualquer europeu no Mundial, dada a diferença de estrutura e investimentos entre o futebol europeu e o sul-americano. O que não significa que se vença antes de entrar em campo.

9- Mudando de assunto, como vê essa polêmica envolvendo o Diego Costa? Na sua opinião, ele acertou ou errou?

RESP: Não dá para falar em erro ou acerto. É a decisão dele e deve ser respeitada. Pode-se questionar o relaxamento das regras da Fifa, o que permitiu que o jogador mudasse de seleção após ter disputado amistosos pelo Brasil. Mas se é permitido que ele mude, não há como condená-lo.

10- Você, no lugar dele, escolheria qual Seleção? Por que?

RESP: É difícil escolher pelos outros. Se a Espanha lhe deu mais garantias de longo prazo que o Brasil, é uma escolha compreensível.

11- O que acha da postura da FIFA ao não intervir? Esse fato não pode fazer com que "banalizem" a pátria e torne as convocações de jovens promessas numa corrida de quem chegar primeiro como, por exemplo, a briga pelo Januzaj?

RESP: No caso do Januzaj, ele parece saber bem o que quer: jogar pelo Kosovo, ainda que isso signifique esperar pelo reconhecimento do país pela Fifa. O conceito de nacionalidade hoje é muito complexo. Os fluxos migratórios, as guerras, tudo isso mexeu bastante com a geopolítica e também com o senso de pertencimento. Como eu disse, a Fifa não deveria permitir uma mudança uma vez que se faz a escolha. Mas não acho que se trate de banalização da pátria.

12- Copa do Mundo 2014, o que você espera do Brasil? Hoje, quem você convocaria que não esteve na última seleção do Felipão?

RESP: Gostaria de ver o Philippe Coutinho, mas ele se lesionou em seu melhor momento. Talvez haja tempo para uma oportunidade. O Brasil cresceu muito no último ano, e jogando em casa deve fazer uma grande Copa.

13- Poderia escalar sua seleção brasileira para nós?

RESP: Eu jogaria com Diego Alves; Daniel Alves, Thiago Silva, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho; Ramires, Oscar e Neymar; Fred.

14- Pra fechar, gostaria de deixar um último recado aos nossos leitores que, como nós, são seus fãs e pretendem ser futuros jornalistas?

RESP: Escrever bastante, estudar muito e nunca deixar de praticar. O jornalista que acha que sabe tudo e não tem vontade de aprender mais não tem futuro na profissão.

Bom galera, espero que tenham gostado. Se puderem, divulguem nas redes sociais e comentem para nos dar suas opiniões

Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal.

Twitter: @matheusleal1

13 de jun. de 2013

Entrevista exclusiva com Vitor Sergio Rodrigues, comentarista do Esporte Interativo

Amigos leitores do Plantão do Futebol, é com enorme prazer que divulgamos a entrevista com Vitor Sergio Rodrigues, comentarista do Esporte Interativo.

Vitor é um profissional renomado e reconhecido pelo ótimo trabalho que exerce. No Esporte Interativo desde 2007, onde a emissora foi inaugurada, ele conta abaixo como começou, qual seu ídolo, seu sonho, entre outras coisas interessantes que você só descobrirá se ler a entrevista abaixo.

Bom, após essa pequena e singela introdução, gostaríamos de agradecer o nosso entrevistado, que foi muito atencioso e simpático conosco e, inclusive, topou nossa entrevista de cara.

Espero que gostem assim como nós.



1 - Vitor, primeiramente, você poderia nos contar um pouco sobre sua carreira? Como foi que você chegou a essa decisão de se tornar jornalista esportivo?

RESP: Sou mais um esportista frustrado que acabou indo para o jornalismo esportivo. Desde pequeno sempre vi e gostei de todo tipo de esporte. E era dramático, pois naquele tempo não havia internet e TV a cabo. Ouvia todo tipo de transmissão esportiva no rádio e ficava imitando os narradores e repórteres. Li tudo sobre esporte que passava na minha mão. Assim a decisão de virar jornalista foi natural.

2 - Você se espelhou em alguém antes ou depois do início de sua carreira?

RESP: Lá atrás via e ouvia muito o João Saldanha e Washington Rodrigues. Dois comentaristas que enxergavam o jogo como ninguém. Depois, vários jornalistas serviram como referência, como o PVC, o Alex Escobar e, principalmente, o Mauro Beting. Fora do esporte o Marcos Uchôa e o Pedro Bassan. Gosto muito do que escreve o Tostão.

3 - Como foi sua trajetória até a estreia como profissional? E o que você sentiu quando estava ao vivo pela primeira vez?

RESP: Enquanto eu estudava eu comecei a trabalhar em uma central de atendimento telefônico e me destaquei muito. Em dois anos já era um analista de treinamento e ganhava um bom salário. Já caminhava para virar um “executivo”... Mas vi um anúncio no Lance! sobre uma oportunidade de estágio. Fiz e passei para o Portal do Esporte, um projeto que era o precursor do Globoesporte.com. Fiquei lá até o fim do Brasileiro de 2001, mas o projeto acabou. Depois fui para a TopSports (empresa que criaria o Esporte Interativo anos mais tarde) e trabalhei no site oficial da Liga do Nordeste e no site oficial do Campeonato Brasileiro, ambos em 2002. Depois trabalhei no Jornal dos Sports durante seis meses e cheguei ao Lance! em agosto de 2003. Fiquei dois anos lá. Em 2006 trabalhei um ano no Globoesporte.com e cheguei ao Esporte Interativo no começo do projeto em 2007.

4 - Poderia nos contar um pouco de como foi o convite de trabalhar no Esporte Interativo?

RESP: Foi fruto de um bom trabalho no período em que trabalhei na TopSports em 2002. O editor daquela época, o amigo Márcio Ogata, iria ser o responsável pela implantação do Esporte Interativo e me convidou para fazer parte. Pela forma, digamos, “expansiva”, ele pensava em que eu fosse comentarista do canal, mas me chamou também para outras funções. O Ogata acabou não fazendo parte do projeto por outra decisão profissional, mas as pessoas que fazem parte da TopSports me chamaram e me deram a oportunidade.

5 - Hoje o Esporte Interativo é um canal já consagrado. A sensação é de dever cumprido por fazer parte desse projeto ousado?

RESP: A sensação é essa mesma: imensa felicidade por fazer parte desse projeto, ajudar com um tijolinho nessa construção. Muita gente duvidava que seria possível um canal de esportes aberto vingar no Brasil. Ainda mais usando como principal meio de distribuição as antenas parabólicas. Houve quem desse seis meses de prazo. Estamos no ar há seis anos e crescendo...

6 - Você chegou a receber convites de outras emissoras? Se sim, por que não aceitou?

RESP: Recebi duas sondagens. Mas as conversas nem evoluíram porque acho que ainda tenho muito a crescer no Esporte Interativo.

7 - Qual o momento mais marcante na sua carreira?

RESP: São vários muito importantes. Mas se fosse escolher um seria a cobertura do Pré-Olímpico Feminino de Basquete em 2008. Fui sozinho para lá, filmando, editando, produzindo, reportando e escrevendo. É uma das características do Esporte Interativo. O profissional tem que aprender a fazer tudo. Foi muito sacrificante, mas prazeroso demais pelo resultado do trabalho que teve como ápice ter filmado, de forma exclusiva, a Iziane se negando a entrar em um jogo da seleção.

8 - Tem algum sonho profissional que ainda não realizou?

RESP: Tenho sim: cobrir as Finais da NBA. Quando o Esporte Interativo exibiu a NBA ainda não tínhamos estrutura de enviar equipe. Vamos ver se consigo realizar.

9 - Recentemente você cobriu in loco a final da Uefa Champions League no Wembley. Qual é a emoção de comentar e participar de um jogo de tal grandeza?

RESP: É indescritível. Só estando lá para saber. A forma como a Uefa trata suas finais, a começar por ser em jogo único, que torna tudo um evento, é inigualável.



10 - Vitor, já aconteceu alguma situação inusitada com você ou seu parceiro na cabine durante a transmissão? Se sim, poderia nos contar o que e como foi?

RESP: Não tem nada especial que eu me lembre. Acontecem coisas engraçadas, pois é o espírito do Esporte Interativo. Mas nada que eu me lembre agora.

11 - Você é flamenguista declarado, porém, não é comum um jornalista esportivo revelar seu time de coração. Acha que isso influencia em algo? Como é comentar sobre o Flamengo, o público aceita bem?

RESP: Trabalhar como jornalista esportivo e não torcer para ninguém eu considero impossível. Tem profissionais que preferem esconder isso, mas não vejo nenhum problema. Eu até entendo que faz isso, pois atualmente tem muita gente que nem considera o que você escreve ou fala, tem o pré-julgamento. Mas eu prefiro dizer. E não tenho problema algum com isso. Aliás, eu sou muito cobrado é pela torcida do Flamengo que pensa que eu critico mais o clube justamente por ser rubro-negro. E não é isso. É que o Fla, historicamente, dá muito mais motivo...

12 - Como torcedor, você costuma frequentar os estádios? Você comemora e se irrita como todo torcedor fanático ou já não liga tanto assim por conta da profissão?

RESP: Sempre frequentei muito o Maracanã. De ir até em jogo de outros clubes que não o meu. Mas atualmente não vou por uma razão: no horário dos jogos quase sempre estou no ar. Fica muito difícil.

13 - O Brasileirão ainda está no começo, mas já deu pra ter uma noção de quem pode ou não brigar. Você tem algum palpite? Arriscaria chutar o campeão?

RESP: Difícil apontar por causa dessa parada para a Copa das Confederações, que pode mexer muito nos times. Acho que fica entre Corinthians e Fluminense de novo. Botafogo e Atlético Mineiro vão brigar se não se desmontarem muito.

14 - Sobre Seleção Brasileira, o que achou sobre a convocação do Felipão para a Copa das Confederações? Você levaria alguém que não entrou na lista?

RESP: A convocação era essa mesma, com uma ausência grave que foi o Ramires. Nada justifica o jogador do Chelsea ficar fora. No mais, é isso que temos hoje mesmo. Nenhum outro nome grave ficou fora, como nenhum nome que está é absurdo.

15 - Se você fosse apostar, apostaria no Brasil para a Copa das Confederações? E para a Copa do Mundo?

RESP: Para a Copa das Confederações não. Para a Copa do Mundo sim, embora o Brasil hoje não faça jus a ser apontado como uma força pelo futebol jogado. Por atuar em casa sim, pode ser apontado.

16 - Acha que o Felipão consegue encaixar um time para chegar forte na Copa de 2014?

RESP: Possível é, desde que ele consiga equilibrar o time e tira alguns conceitos da cabeça, tipo o do “volante-goleador”. O meio-campo do Brasil não consegue controlar o jogo, contra adversário algum. Isso é muito complicado no futebol praticado atualmente. Se conseguir isso, o Brasil terá um time forte, mesmo com alguns jogadores ainda verdes para serem referência do time, como Lucas, Oscar e até Neymar.

17 - E para finalizar, gostaria de deixar um recado aos nossos leitores?

RESP: Agradeço o carinho que a maioria no mundo virtual tem comigo! Significa muito para mim. Obrigado.

Bom galera, espero que tenham gostado. Se puderem, divulgue nas redes sociais e comentem para nos dar suas opiniões

Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal.

Twitter: @matheusleal1

24 de mai. de 2013

Entrevista exclusiva com João Guilherme, narrador do FoxSports Brasil

Amigos leitores do Plantão do Futebol, é com enorme prazer que divulgamos a entrevista com o narrador do FoxSports Brasil, João Guilherme.

João é narrador desde 1988, começou na rádio, mas foi na TV, trabalhando pelo SporTV, que ganhou destaque e ficou conhecido por todos, inclusive pelos bordões, como o famoso: "que desagradável". João, hoje no FoxSports, conta abaixo tudo sobre como começou, suas maiores emoções, fala sobre Seleção Brasileira, além de dar dicas para os leitores que querem se tornar futuros jornalistas esportivo.

Bom, após essa pequena introdução, gostaria de agradecer publicamente o nosso entrevistado, que foi muito atencioso conosco e, inclusive, respondeu nossas perguntas no mesmo dia.

Espero que gostem assim como nós.


João Guilherme, nosso entrevistado.
1 - João, primeiramente, você poderia nos contar um pouco sobre sua carreira? Como foi que você chegou a essa decisão de se tornar jornalista esportivo? Houve alguma influência nessa escolha?

Resp: Comecei naturalmente a narrar jogos de futebol em casa com 6 anos. Meu pai e minha mãe ouviam muito radio e me influenciaram muito. Sempre soube, desde criança o que queria ser.

2 - Como foi sua trajetória até a estreia como profissional? E o que você sentiu quando estava ao vivo pela primeira vez?

Resp: Eu fiz um curso de locução para radio e TV em Niterói quando tinha 16 anos. Me destaquei e o professor me deu uma carta de recomendação para a rádio carioca. Comecei na equipe do João Adad em 1988. Entrei no ar 3 semanas depois por acaso. O Plantão ficou rouco e só eu estava na casa. Fiz o plantão no dia 8/11/88 e não sai mais do ar.

3 - Você começou na Rádio Carioca em 1988 e em 97 chegou ao SporTV. Como foi essa transição do rádio para a TV? Qual a maior diferença e dificuldade que você sentiu?

Resp: Foi difícil, embora a maioria dos narradores de destaque venham do radio para a TV. A maior dificuldade foi dar espaços na fala, achava que falava pouco. No radio você não para. Levou um tempo para pegar, mas até hoje acho que tenho muito de radio na TV.

4 - Após esses mais de 15 anos na TV, você sente falta da Rádio? Qual sua preferência e porquê?

Resp: Adoro radio, é o meu veiculo preferido, mas me apaixonei pela TV e o poder da imagem. Hoje, profissionalmente a TV é melhor, mas o radio sempre terá seu espaço.
5 - Como já dissemos aqui, você começou no SporTV, mas hoje faz parte do FoxSports Brasil. Poderia nos contar como isso aconteceu?
Resp: No final de 2011 fui sondado para saber se teria interesse em conversar. Aceitei e me deparei com um grande projeto e uma grande chance. Não tive dúvida que era a hora de mudar de ares e sair do SporTV. O tempo está provando que fiz o certo.
6 - Qual momento mais marcante da sua carreira? Qual o gol que você narrou que não esquece até hoje?
Resp: Cobrir as copas de 1994 e 2002 com o Brasil sendo campeão foi inesquecível. Em 94 estava pela Rádio Tupi e 2002 pelo SporTV. Gols foram muitos, não tenho como destacar 1 apenas.

João narrando a Libertadores pelo FoxSports.
7 - Qual o jogo nacional mais emocionante que você já narrou? E internacional?
Resp: Aquela eliminação do Flamengo na Libertadores 2012 foi muito marcante. Dois jogos ao mesmo tempo, classificação, eliminação, foi um momento que ficou na memória.
8 - Além de narrar futebol, você também se destacou narrando UFC no Combate. Como foi essa experiência? Você ainda acompanha o MMA?
Resp: Acompanho menos hoje, quando narrava eu por oficio ficava mais ligado. Foi uma experiência muito boa narrar esse esporte que hoje só perde para o futebol em repercussão no Brasil.
9 - Você acha que os bordões são um bom caminho para ganhar a simpatia do público? Os seus como você cria? Por exemplo o "que desagradável!", "para tudo!", saíram espontaneamente?
Resp: O bordão quando cai na boca do povo é um carimbo eterno e uma marca do narrador que o fará sempre ser lembrado. Os bordões surgem naturalmente. As vezes você ouve alguém falando algo na rua, um amigo diz alguma coisa, uma musica, ai na hora do jogo aquele frase vem a cabeça e você fala. Se a galera repetir é porque pegou.
10 - Você tem alguma meta que ainda não alcançou?
Resp: Minha meta é narrar bem até os 60 anos e depois parar feliz com a carreira. Tenho 19 anos pela frente para contar as emoções do esporte.
11 - No meio jornalistico esportivo, não é comum a revelação dos seus times de coração. E você, poderia nos dizer para qual time torce?
Resp: Não é recomendável dizer, só se for um jornalista consagrado e que já esteja armado bem e do mal. O torcedor mistura as estações e não entende. Se dizer meu time tudo que falar a favor vão dizer que é porque torço.
12 - Sobre Seleção Brasileira, o que achou sobre a convocação do Felipão para a Copa das Confederações? Você levaria alguém que não entrou na lista?
Resp: Gostei da maior parte da lista, até porque não temos muita coisa além do que foi convocado, nossa geração não é farta em talento. Exatamente por isso acho que foi um erro não levar o Ronaldinho. Por tudo que vem jogando e mesmo não jogando o mesmo na seleção, eu o levaria pela experiência e respeito internacional.
13 - Se você fosse apostar, apostaria no Brasil para a Copa das Confederações? E para a Copa do Mundo?
Resp: Apostaria no Brasil como zebra na Copa. Isso me deixa animado porque todas as vezes que venceu a seleção não tinha a confiança do povo. O problema é que dessa vez a geração é nova e mais limitada. Vamos torcer. Acredito no título, mas, não somos favoritos.
14 - Acha que o Felipão consegue encaixar um time para chegar forte na Copa de 2014?
Resp: Acho que sim, pelo menos competitivo o Brasil será.
15 - PERGUNTA DA GALERA: @VOZALVINEGRA - O que você acha sobre a formação deficitária da base nos times brasileiros? O que é preciso ser feito para o Brasil voltar a revelar grandes talentos?
Resp: Nossa base está infestada por empresários e os nossos clubes fabricam jogadores para vender, fugindo das nossas características. O Brasil precisa recuperar sue essência, seu jogo e a base é o caminho para isso.
16 - E para finalizar, qual o recado que você deixa para nossos leitores que têm sonho de construir uma carreira no meio esportivo?
Resp: Estudem muito, se prepararem para a oportunidade que pode surgir e quem tiver competência irá se estabelecer. Abraços a todos!

Bom galera, eu espero que tenho gostado. Se puderem, divulgue nas redes sociais e comentem para nos dar suas opiniões.
Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal e editada por William Rodrigues.

10 de abr. de 2013

Entrevista com André Tozzini, o Tozza

Caros leitores, é com grande prazer que divulgamos nossa entrevista com André Tozzini, o Tozza.

Para quem não conhece, Tozza é um torcedor ilustre do Flamengo, que tem um excelente trabalho debatendo assuntos sobre o clube, semanalmente na TozzaCAM. Além disso, transmite, ao vivo, eventos ligados ao Fla, como por exemplo o lançamento do programe de sócio-torcedor. Tozza também ganhou destaque ao entrevistar integrantes da Chapa Azul, que hoje compõem a atual diretoria rubro-negra, como Eduardo Bandeira de Mello, Wallim Vasconcelos e Luiz Eduardo Baptista, o Bap.

Bom, após essa pequena introdução, gostaria de agradecer publicamente o nosso entrevistado, que foi muito atencioso conosco e, inclusive, respondeu nossas perguntas no mesmo dia.

Espero que gostem assim como nós.

André Tozzini, nosso entrevistado.

1 - André, você foi um dos maiores divulgadores dos integrantes da Chapa Azul. Com isso surge a pergunta: quando viu que eles poderiam ser o melhor para Flamengo?

Resp: Aconteceu aos poucos na verdade. Quando o Wallim saiu candidato, procurei conhecer quem era, perguntar a amigos e acessar o site quando esteve no ar. Tive acesso as reuniões. Então o Patrick Selener, que é integrante da TozzaCAM juntamente comigo e o Pablo, disse que tinha um amigo na chapa e que achava interessante a gente ir na reunião que faziam no Leblon mostrando para conhecer melhor. Fomos a algumas reuniões, a partir daí comecei a entender quem eram as pessoas. Agendamos a primeira entrevista com o Claudio Pracownik, depois Bap e Eduardo Bandeira. Ficamos entusiasmados com o plano de ação e acabamos apoiando. É bom que se diga que o apoia foi involuntário. No início tentamos entrevistar a Patrícia Amorim mas fomos prontamente negados.

2 - Com a vitória dos seus candidatos, qual sua expectativa para esses próximos anos de governo? E para esse ano, o que espera?

Resp: Acho que eles têm feito o que foi prometido. Restruturação geral. Não só na parte social, mas como um todo. Conseguiram renegociar as dívidas com a receita federal, pagar os atrasados e conseguir a CND. Patrocínio da Peugeot e outros estão por vir. Mesmo sem dinheiro conseguiram trazer alguns jogadores. Time não se houve bem no 2o turno, se espera que o departamento de futebol traga alguns jogadores para ajustar o que falta no elenco para disputar com dignindade o campeonato brasileiro e a Copa do Brasil. Expectativa para os próximos anos é de transformar o Flamengo num clube saudável financeiramente, com grandes jogadores, com esportes olímpicos com seus patrocínios e títulos. Esse ano espero apenas restruturação. No futebol não espero nada além de não cair para segundona. 

3 - O Bandeira ainda está no começo do mandato, porém já é notável alguns acertos e erros. Pra você, qual o maior acerto até aqui? E o maior erro?

Resp: Acho que o maior acerto é pagar o que deve ao governo e jogadores. Erro? Não vejo algo que se possa chamar de erro ainda... vão existir, mas ainda não percebi nada nesse nível.

4 - Hoje, o elenco do Flamengo é muito fraco tecnicamente e, para alguns, brigaria para não cair no Brasileirão. Se você pudesse contratar alguém, qual setor priorizaria? Tem algum bom nome em mente que acha que o Fla deveria ir atrás?

Resp: Acho que é notório que as posições que precisamos hoje são um zagueiro, um lateral direito , um lateral esquerdo, um meia e dois atacantes. Se sabe que dinheiro pra isso não temos. Sabemos que para trazer jogadores temos que contar com parcerias. Wallim já disse em 4 ou 5 jogadores. Vamos aguardar. Eu gostaria, dentro dessas posições, Anderson Martins pra zaga, Mariano pra lateral direita, Diego para meia e no ataque tentaria o Scocco e Nilmar. Só precisamos de dinheiro, nem sei se teremos pra isso tudo. 

5 - Mesmo com o time debilitado do jeito que está, com o Dorival no comando conseguiram a melhor campanha da Taça Guanabara e chegaram às semifinais. Porém, com a chegada do Jorginho, parece que algo saiu dos trilhos. O que achou dessa troca? Se a demissão do Dorival fosse eminente, quem você buscaria para ser o novo técnico?

Resp: Troca precisava ser feita. Me parece que tentaram com ele uma diminuição do direito de imagem para baixar o salário, mas ele não aceitou. Teria agora no meio do ano um reajuste que o salário dele iria para algo em torno de 750 Mil reais mês. Não tinha como pagar. Eu particularmente não achava que o esquema era bom e que estava tão bem assim. Talvez apenas o jogo contra o Vasco o time esteve bem, no restante do 1o turno jogos duros mesmo com os pequenos. Acho que a diferença era que a bola entrava. Entendi a necessidade da saida do Dorival mas não gostei a vinda do Jorginho. Preferia o Renato Gaúcho, mas a rejeição dele era muito grande. 

6 - Com o começo de mandato difícil devido às dívidas, a diretoria pediu paciência aos torcedores, porém, com a eliminação precoce e vexatória na Taça Rio, essa paciência parece que chegou ao fim. Como torcedor, o que sentiu? Já dá para colocar os resultados ruins na conta da nova diretoria?

Resp: Eu nunca achei o estadual tão importante, ainda mais esse ano que é ano de restruturação. Não fiquei triste ou sem paciência. Ninguém gosta de perder, mas era mais que esperado que com esse time não fossemos muito longe.

7 - Com a interdição do Engenhão, para você, aonde o Fla deveria mandar seus jogos? Por que?

Resp: Sinceramente gostaria muito que fosse para o norte/nordeste/centro-oeste. Acho até como um presente aos Off-Rio ter a chance de ver o Flamengo pelo Brasileirão. Nossa torcida é a maior do mundo por conta dos Off-Rio.

8 - O Flamengo lançou há poucos dias seu programa sócio-torcedor. Porém foi bastante criticado por alguns. O que você achou sobre o projeto? Faria ajustes? Se sim, quais?

Resp: Eu não sou a melhor pessoa para falar sobre o assunto. Não sou de marketing, mas entendo que deveria ser mais simples, menos modalidades, e que tivesse algo para os torcedores Off-Rio. Existe, a meu ver, uma demanda reprimida muito grande com os Off-Rio. Não sei quando, mas o Bap no ato do lançamento disse que vão fazer mudanças e os Off-Rio serão contemplados.

9 - Como todo bom e verdadeiro flamenguista, você é fã incondicional do Zico e até tatuou o rosto dele em você. Além disso, já realizou o que deve ser o sonho de qualquer torcedor, que é encontrá-lo e bater um papo, mesmo que rápido. Então nos conte, como foi a primeira vez que o encontrou e o que sentiu? E hoje, mudou algo?

Tozza ao lado de Zico, maior ídolo rubro-negro.
Resp: Primeira vez foi incrível. No dia do meu aniversário minha namorada Amanda e minha querida amiga Dani Barreto fizeram essa surpresa, me levaram vendado para encontra-lo de supresa. A emoção foi tão grande que eu travei, chorei e consegui trocar uma ideia de meia hora com ele no CFZ. Foi um sonho. encontrei com ele mais três vezes. No evento na Gávea "Zico 60 anos", ao final da coletiva que nós cobriamos, consegui falar com ele, pedir um alô para o pessoal que via ao vivo. Logo depois não consegui conter a emoção e chorei novamente. No evento "Jogue com o Zico", promoção que ele fez na sua fanpage no facebook. Nós da TozzaCAM fomos convidados a cobrir o evento. Entrevistei ele 3 vezes, mostrei a tatuagem, dessa vez não chorei. E na última vez no lançamento do sócio-torcedor do Flamengo, estávamos cobriando o evento. Ele entrou para sentar na mesa, olhou pra mim, fez um sinal de alô e perguntou se eu estava transmitindo ao vivo. Ele é uma pessoa extraordinária.

10 - Hoje, na situação em que se encontra, se você fosse o Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, o que diria para torcida?

Resp: Ele tem dito o que deve ser dito. Falar a verdade, ser honesto e franco. Não adianta enganar a torcida. Acho que ele tem sido perfeito nesse sentido.

11 - Para finalizar, quer deixar algum recado para os nossos leitores?

Resp: Mandar um abraço a todos e convidar a assistir nosso programa, a TozzaCAM que vai ao ar toda quinta as 22:00 horas, horário de Brasília. Com nossa parceria com as Lojas Espaço Rubro-Negro, teremos muitas promoções. Sejam pacientes. Esse esforço vai ser recompensado!
Quem quiser ficar por dentro dos trabalhos do entrevistado basta seguir @TozzaFla no Twitter.

Entrevista idealizada e realizada por Matheus Leal.
Twitter: @matheusleal1

16 de jan. de 2013

Entrevista exclusiva com Rica Perrone


Amigos leitores do blog,

Quem gosta de futebol e acompanha na TV, no rádio e nainternet, não pode deixar de falar de Rica Perrone. Bem ou mal, mas éimpossível deixar de se falar nele.

Um sujeito enigmático, que poucos conhecem seu rosto masmuito sabem de suas crônicas esportivas, Rica é um São Paulino que escrevemuito bem sobre qualquer time, até mesmo os rivais. Que busca sempre sersincero e justo no que pensa e no que fala. Por isso, tantos admiradores.

Por isso, o Blog Plantão do Futebol se orgulha demais emdivulgar aqui a entrevista que Rica Perrone nos concedeu com tanta gentileza,atenção e humildade e repassamos para todos os nossos leitores, fãs de futebol.Com certeza, vocês vão gostar.

P.F: Quando e como você iniciou sua carreira? No início você se espelhou em alguém?

R.P: Acho que fui influenciado por quem eu mais curtia. Mas não chego a me espalhar não. Ouvia muito Milton Neves no rádio, acho ele um gênio do rádio. Na TV sempre fui de Galvão, Cleber, os mais convencionais. Nunca procurei muita alternativa, na real eu nunca ouvi muito a opinião dos outros.

P.F: No início você passou por alguma dificuldade?

R.P: Várias. Mas sem elas você não dá valor.

P.F: Você se arrepende de alguma mudança realizada em sua carreira? Tem alguma meta não alcançada?

R.P: Meta não fiz nenhuma pra carreira. Nunca busquei o caminho basicão, não sonho com tv, não tenho chefe e não quero ter, portanto, meu "plano de carreira" é único e bem original. Rsss Minha meta é uma Ferrari. Ainda não tenho, to longe dela.

P.F: Rica você tem inúmeros seguidores no twitter e no facebook, admiração de muitos, mas uma curiosidade é que você nunca mostrou o rosto. Qual o motivo dessa omissão? É questão de marketing?

R.P: Nada demais. Eu não gosto de fama. Gosto de ser o Ricardo Ribeiro quando eu quiser e ser o Rica quando precisar. Gosto da liberdade de ser alguem conhecido e anonimo quando me convem.

P.F: Você já recebeu proposta para trabalhar na televisão? Se sim, por que nunca aceitou? A TV nunca te seduziu?

R.P: Já, ja trabalhei em uma e me demiti com 2 dias de trabalho. Não suporto tv, acho chato, cansativo, pouco produtivo e acaba com a sua vida pessoal. Não quero. Se um dia eu for ou é por um projeto novo que eu acho muuuuito legal ou porque tão me pagando muito bem pra fazer parte das porcarias que tem hoje naquele padrãozinho quadrado e repetitivo.

P.F: O São Paulo recentemente foi Tri Campeão Brasileiro, Campeão da Libertadores, Campeão do Mundial e virou um espelho para os demais times do Brasil. Porém, desde 2008, ano do último Campeonato Brasileiro conquistado, não ganhou mais nada e hoje entre os grandes, é o que enfrenta maior jejum de títulos. Como torcedor como você analisa isso? Acha que tem algum culpado?

R.P: Olha, ficar 3 anos sem titulo no Brasil é tão normal quanto o Silvio Santos na tv domingo. Acho que as frases são formuladas conforme convem criar a tese. O SPFC ta passando por um periodo normal, inclusive sem se afundar em série B, escandalos, etc, como a maioria passa quando em crise. A culpa? Não sei se da torcida que aceitou todas as merdas em troca de 1x0 ou se os dirigentes que foram se achando Deuses. Com eles ou sem, com Juvenal ou não, o time ia cair de rendimento e viver esse periodo. É do futebol. Não somos Espanhoiis, temos muito time aqui.

P.F: Você é são paulino declarado, mas seus textos, análises, críticas e comentários agradam diversas torcidas dos outros clubes do Brasil. O que acha dessa admiração?

R.P: Legal. Eu me preparo pra comentar um jogo. Entro no clima, torço, tento sentir o que o torcedor sente. Pra alguns isso é "jogar pra torcida", mas eu entendo. As pessoas que me conhecem brigam comigo por nao entender como eu sou assim. Imagina quem não conhece? Eu adoro futebol, bem acima do meu clube.

P.F: No exterior, você tem algum clube que simpatize mais?

R.P: Real Madrid.

P.F: Um fato, é que você não tem papas na língua, essa sinceridade toda já lhe rendeu algum processo dos "zé ongs", como você mesmo denomina?

R.P: Não, claro que nao. Nunca ofendi ninguem e jamais acusei alguem do que não era verdade ou não podia provar. Eu sou polemico pra caralho e não tenho nenhum processo. Será que isso explica a diferença entre o polemico que fala pra aparecer e o que fala o que pensa? Eu tenho muito mais juizo do que pareço ter. Não me meto com quem não posso, não acuso pessoas e não ofendo ninguém. No máximo, devolvo. Mas nunca parte de mim.

P.F: Como ninguém sabe de fato como é o Rica Perrone fisicamente, creio eu que nas ruas ninguém te reconhece, correto? Como é andar por ai e mesmo com milhares de fãs, não ser reconhecido ou assediado?

R.P: Sim. É legal. Eu ja ouvi em rodinhas de bar falando sobre futbol nego me detonando e concordei! Hahahahaah E ja ouvi elogios tb, tendo o prazer de me apresentar em seguida. É divertido. Mais legal são os amigos dos meus amigos. As vezes falam, comentam e um deles diz: "Mas o Rica era aquele gordinho que tava aqui ha 10 minutos comendo pizza conosco ue".

P.F: Você foi blogueiro do Globo Esporte e nesse ano anunciou sua saída. O que aconteceu que acarretou sua saída do portal? Alguma discussão?

R.P: Não. Eles me proibiram de fazer propaganda. Eu não quero parar, gosto mais de dinheiro do que "ser da Globo". Ai eu disse que não dava pra ficar, eles entenderam, sai mais do que na boa. Nem contrato assinei. Alias, não assino nada nunca. Todos os meus patrocinadores tem acordo verbal comigo. Nunca assinei um papel. E nunca descumpri minha palavra. Por isso o papel não significa nada.

P.F: Como você classificaria a atual fase da Seleção Brasileira?

R.P: Em reforma. Vai virar. Não sei se a tempo de 2014, talvez não exatamente por termos uma imprensa que joga contra e por consequencia a torcida. Mas vamos ganhar o ouro em Londres e uma Copa nas proximas 2. Espero que seja em casa.

P.F: Você faria alguma alteração na escalação atual da Seleção Brasileira? Colocaria e/ou retiraria algum jogador do elenco? Estranha algum jogador específico não estar fazendo parte do grupo?

R.P: Fred estaria no meu time. Melhor que o Damião ainda. Acho que Dedé seria titular e o Daniel Alves perderia a posicao. Não acho ele 50% do que dizem. Acho Daniel fruto do Barca entrosado. Um bom jogador, só.

P.F: Estamos em mês de Olimpíadas, está confiante para a medalha inédita do Brasil? O que achou dessa convocação olímpica do Mano?

R.P: Convocação confusa, incoerente. Não gostei dos acima de 23. Mas vamos ganhar. O time é muito forte e sob desconfiança jogamos mais do que com oba oba.

P.F: Para você, hoje, quem é o melhor jogador do mundo?
R.P: Drogba. Porque eu não posso votar no Messi, seria contra meus principios. rssss

P.F: Rica, por favor, deixe um recado aos leitores do Blog Plantão do Futebol.
R.P: Valeu! Abraço! Paz no futebol.

Rica, mais uma vez, obrigado pela atenção e confiança depositada em nós. Ficamos extremamente honrados!

Equipe Blog Plantão do Futebol ( @PlantaoFutebol_ )

Colaboradores: Matheus Leal (@matheusleal1 ) | Marcos Rangel ( @rangelsrn ) | William Rodrigues ( @wiilfer1 )

Entrevista exclusiva com André Henning

Amigos leitores do blog,

Hoje quem gosta de esporte, seja futebol, vôlei, basquete, handebol ou NFL, com certeza está ligado no Esporte Interativo e com mais certeza ainda conhece André Henning.

Com narrações irreverentes, bordões engraçados, muito bom humor, mas acima de tudo muita seriedade e muito conhecimento, André se tornou um dos melhores narradores do Brasil. E, mesmo com esse status, abaixo, André dá um show de humildade e educação.

Por isso, é com muito orgulho, que nós do Blog Plantão do Futebol, divulgamos essa entrevista e, assim como nós gostamos, esperamos que todos vocês leitores gostem e passem a conhecer um pouco mais sobre essa grande pessoa.



1- André, primeiramente conte-nos um pouco sobre sua carreira: quando você iniciou? No início, se espelhou em alguém? Quais os maiores dificuldades que você enfrentou? 

Iniciei em 1995, quando entrei na faculdade de jornalismo. Se formos considerar a parte “amadora”, comecei bem antes (risos). Desde pequeno, narrava jogos em gravadores antigos, anotava escalações em cadernos e investia no meu futuro. Em 1994, por exemplo, fui à Copa dos Estados Unidos como turista para ver os jornalistas trabalharem na cobertura da Seleção. O pessoal que estava comigo queria passear, ir aos parques enquanto eu queria ir no treino da Seleção (risos). Era um drama. Mas sempre muito focado no meu objetivo, que era o de trabalhar com jornalismo esportivo. A narração veio bem mais tarde, depois de mais de 10 anos de profissão. E as dificuldades são as de sempre – mercado pequeno para uma quantidade enorme de gente querendo trabalhar e resistência dos mais “antigos” quando os jovens chegam ganhando espaço nos seus veículos de trabalho. Alguns ajudam e apoiam, outros tentam te empurrar pra baixo. Faz parte do meio onde, infelizmente, tem muita gente com caráter duvidoso trabalhando...

2- Para você, qual foi o jogo mais emocionante que você já narrou? E qual foi o seu primeiro jogo? 

Meu primeiro jogo de futebol como narrador foi Guarani x Santos pelo Brasileirão de 2004, no Brinco de Ouro. Eu ainda atuava como repórter, mas tinha vindo de uma experiência bem sucedida como narrador de vôlei nos Jogos Olímpicos de Atenas. Apareceu a oportunidade para seguir na nova função e abracei a chance. Não saí mais. Os mais emocionantes foram os da campanha do vôlei em Atenas – que foram importantes para o Brasil, mas também para a minha carreira, os dos Pré-Olímpicos de basquete (vários contra a Argentina) e no Mundial Feminino de Handball de 2011. Curiosamente, não foram de futebol...

3- Como todo mundo sabe, você não se limita a narrar só um esporte, então, nesses todos esportes narrados por você, qual o momento que mais te marcou? E no futebol, qual o gol que você narrou que você não esquece até hoje?

Sou um apaixonado pelo basquete, foi o esporte que melhor joguei quando garoto e um dos que mais gosto de assistir e narrar. Ter participado desse momento de renascimento do basquete brasileiro foi muito marcante pra mim. Narrei algumas derrotas brabas do nosso time, mas a vitoria contra a Argentina, em território inimigo, no dia 7 de setembro, nossa Independência, foi muito marcante. No futebol, o golaço do Neymar no Pré-Olímpico Sub 20 por cobertura contra o Paraguai ficou muito marcado.

4- Aqui no Brasil você é corintiano declarado, e no exterior, tem simpatia por algum clube?

Tenho. Pelo Corinthians (risos) ... Não tenho times no exterior. Simpatizo com clubes de historia e camisa, tipo Liverpool, Barcelona, Inter... Mas time mesmo só tenho um.

5- Como foi dito na pergunta acima, você é corintiano declarado, porém não narra nada de times brasileiros. Se narrasse, acha que isso poderia interferir em algo, como críticas por não estar sendo imparcial? Geralmente seus colegas de profissão não revelam o time que torcem, o que você acha disso?

Já narrei, nos tempos de rádio, muitos jogos do Corinthians. Nunca tive problema algum com isso. Críticas por estar sendo “imparcial” acontecem quando você narra qualquer jogo. Qualquer mesmo. Tem gente que critica quando estou narrando Brasil x Argentina, imagine quando envolve paixão clubística. Isso não me preocupa, honestamente. Com relação aos que não divulgam seus times, respeito mas não acho uma postura honesta com seu ouvinte ou telespectador. Acho muito mais correto que aquele que me ouve ou vê saiba o time para o qual torço. Aqueles que fingem torcer para América, XV de Jaú, Mogi Mirim então, nem se fala... Esses mentem duas vezes, na maioria dos casos. Não acho legal. Mas, como disse, cada um é cada um e respeito todos.

6- Você acha que os bordões são um bom caminho para ganhar a simpatia do público? Os seus como você cria? Por exemplo o famoso "Tem que apanhar de cinta", a criação foi na hora?

Os bordões são bacanas para se criar uma marca, para identificar algo que, ao ver na TV, o telespectador imediatamente saiba que é fulano de tal que está narrando. Eles são, na maioria das vezes, criados naturalmente, durante as transmissões. Não parei um dia com lápis e papel na mão e fale: “vamos lá, tenho que criar bordões”. O “Tem que apanhar de cinta” saiu na hora também. Tem narradores que escrevem bordões, anotam num papel. Eu deixo fluir. Provavelmente, já deixei vários pelo caminho. E se ficaram é porque não merecem ser lembrados, tudo naturalmente...

7- Você começou no rádio, mas agora está na TV. Essa troca foi visando a parte financeira ou trabalhar na televisão era um sonho quando você começou na sua carreira jornalística?

Um pouco dos dois. O lado financeiro, normalmente, é mais apreciado na TV. Mas há exceções, claro. Hoje, existe uma leva de profissionais de rádios que ganha muito bem. E merecidamente. Para mim, a troca veio por uma necessidade de se ganhar espaço. No rádio, há mais dificuldade em se crescer como narrador e naquele momento eu queria isso para minha carreira. Acabei saindo do rádio, mas levo-o no meu coração. Ainda voltarei um dia, mas hoje me vejo como um profissional de TV apesar de ter sonhado, quando criança, em trabalhar no rádio.

8- Em 2011, você ganhou o prêmio mídia esporte de melhor narrador de TV aberta. Qual foi sua sensação após o prêmio, já que é o público que elege? E você, também se considera hoje um dos melhores do Brasil?

Humildemente, me considero um dos melhores. Há muitos ótimos narradores e eu sou fã de vários, mas me coloco entre eles também. A sensação de ser premiado pelo público é maravilhosa, não tem como descrever.


9- Você tem alguma meta ainda a ser alcançada em sua carreira? Olhando para essa, aponta algum erro? 

Quero narrar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada na TV. Já fiz isso no rádio, agora é hora da TV. Erros? Vários, provavelmente. Mas não fico olhando pra trás. Vumbora pra frente...

10- Com a sua renovação de contrato com o Esporte Interativo, podemos ter algo novo para esse segundo semestre de 2012 ou até mesmo para 2013?

Para o ano que vem, com certeza. Vem novidades por aí.

Agora, temos duas perguntas sobre a Seleção Brasileira:

11- Sobre a Seleção Brasileira, nesses últimos jogos, parece que o Mano vem encontrando o time ideal. O que você acha dessa última convocação e qual sua perspectiva para a Copa das Confederações em 2013?

Acho boa. O Mano tem sido muito criticado injustamente. Ele pegou a Seleção para renová-la e isso nunca é fácil. Muita gente pega no pé por motivos não corretos. Para as Confederações acho que teremos um time mais arrumado, mas temos que lembrar que o objetivo maior é 2014, não 2013...

12- Ainda sobre seleção. Se você fosse o treinador, quais jogadores você convocaria?
90% desses que aí estão mesmo, não tem muito o que mudar. A principal mudança que eu faria, de cara, seria no gol. O Cavalieri seria o meu número 1.

13- Certamente temos leitores que gostariam se seguir uma carreira jornalística esportiva igual a sua. Você pode dar alguma dica ou conselho para eles?

Ouçam muito rádio (a maior escola da profissão ainda), leiam muito e se preparem. Treinem bastante. Se querem narrar profissionalmente, só há uma forma de se preparar bem – narrando muito. Comprem um gravador e narrem tudo o que tiver pela frente. Escutem as narrações, tenham autocrítica e corrijam o que estiver errado. É a repetição que vai fazer do camarada um grande narrador.

14- André, para finalizar, gostaríamos de agradecer sua atenção e pedir que você deixe um recado para os leitores do Blog Plantão do Futebol.

Um grande abraço e continuem ligados no Esporte Interativo! Vem muito mais por aí...


Mais uma vez gostaríamos de agradecer André Henning pela atenção e confiança depositada em nossa equipe. 

Esperamos que vocês leitores tenham gostado.

Até breve, 
Equipe Plantão do Futebol.

Créditos: William Rodrigues Ferreira e Matheus Leal (@matheusleal1) - autores e editores da entrevista.