Amigos leitores do blog,
Hoje quem gosta de esporte, seja futebol, vôlei, basquete, handebol ou NFL, com certeza está ligado no Esporte Interativo e com mais certeza ainda conhece André Henning.
Com narrações irreverentes, bordões engraçados, muito bom humor, mas acima de tudo muita seriedade e muito conhecimento, André se tornou um dos melhores narradores do Brasil. E, mesmo com esse status, abaixo, André dá um show de humildade e educação.
Por isso, é com muito orgulho, que nós do Blog Plantão do Futebol, divulgamos essa entrevista e, assim como nós gostamos, esperamos que todos vocês leitores gostem e passem a conhecer um pouco mais sobre essa grande pessoa.
Hoje quem gosta de esporte, seja futebol, vôlei, basquete, handebol ou NFL, com certeza está ligado no Esporte Interativo e com mais certeza ainda conhece André Henning.
Com narrações irreverentes, bordões engraçados, muito bom humor, mas acima de tudo muita seriedade e muito conhecimento, André se tornou um dos melhores narradores do Brasil. E, mesmo com esse status, abaixo, André dá um show de humildade e educação.
Por isso, é com muito orgulho, que nós do Blog Plantão do Futebol, divulgamos essa entrevista e, assim como nós gostamos, esperamos que todos vocês leitores gostem e passem a conhecer um pouco mais sobre essa grande pessoa.
1- André, primeiramente conte-nos um pouco sobre sua carreira: quando você iniciou? No início, se espelhou em alguém? Quais os maiores dificuldades que você enfrentou?
Iniciei em 1995, quando entrei na faculdade de jornalismo. Se formos considerar a parte “amadora”, comecei bem antes (risos). Desde pequeno, narrava jogos em gravadores antigos, anotava escalações em cadernos e investia no meu futuro. Em 1994, por exemplo, fui à Copa dos Estados Unidos como turista para ver os jornalistas trabalharem na cobertura da Seleção. O pessoal que estava comigo queria passear, ir aos parques enquanto eu queria ir no treino da Seleção (risos). Era um drama. Mas sempre muito focado no meu objetivo, que era o de trabalhar com jornalismo esportivo. A narração veio bem mais tarde, depois de mais de 10 anos de profissão. E as dificuldades são as de sempre – mercado pequeno para uma quantidade enorme de gente querendo trabalhar e resistência dos mais “antigos” quando os jovens chegam ganhando espaço nos seus veículos de trabalho. Alguns ajudam e apoiam, outros tentam te empurrar pra baixo. Faz parte do meio onde, infelizmente, tem muita gente com caráter duvidoso trabalhando...
Meu primeiro jogo de futebol como narrador foi Guarani x Santos pelo Brasileirão de 2004, no Brinco de Ouro. Eu ainda atuava como repórter, mas tinha vindo de uma experiência bem sucedida como narrador de vôlei nos Jogos Olímpicos de Atenas. Apareceu a oportunidade para seguir na nova função e abracei a chance. Não saí mais. Os mais emocionantes foram os da campanha do vôlei em Atenas – que foram importantes para o Brasil, mas também para a minha carreira, os dos Pré-Olímpicos de basquete (vários contra a Argentina) e no Mundial Feminino de Handball de 2011. Curiosamente, não foram de futebol...
Sou um apaixonado pelo basquete, foi o esporte que melhor joguei quando garoto e um dos que mais gosto de assistir e narrar. Ter participado desse momento de renascimento do basquete brasileiro foi muito marcante pra mim. Narrei algumas derrotas brabas do nosso time, mas a vitoria contra a Argentina, em território inimigo, no dia 7 de setembro, nossa Independência, foi muito marcante. No futebol, o golaço do Neymar no Pré-Olímpico Sub 20 por cobertura contra o Paraguai ficou muito marcado.
Tenho. Pelo Corinthians (risos) ... Não tenho times no exterior. Simpatizo com clubes de historia e camisa, tipo Liverpool, Barcelona, Inter... Mas time mesmo só tenho um.
Já narrei, nos tempos de rádio, muitos jogos do Corinthians. Nunca tive problema algum com isso. Críticas por estar sendo “imparcial” acontecem quando você narra qualquer jogo. Qualquer mesmo. Tem gente que critica quando estou narrando Brasil x Argentina, imagine quando envolve paixão clubística. Isso não me preocupa, honestamente. Com relação aos que não divulgam seus times, respeito mas não acho uma postura honesta com seu ouvinte ou telespectador. Acho muito mais correto que aquele que me ouve ou vê saiba o time para o qual torço. Aqueles que fingem torcer para América, XV de Jaú, Mogi Mirim então, nem se fala... Esses mentem duas vezes, na maioria dos casos. Não acho legal. Mas, como disse, cada um é cada um e respeito todos.
Os bordões são bacanas para se criar uma marca, para identificar algo que, ao ver na TV, o telespectador imediatamente saiba que é fulano de tal que está narrando. Eles são, na maioria das vezes, criados naturalmente, durante as transmissões. Não parei um dia com lápis e papel na mão e fale: “vamos lá, tenho que criar bordões”. O “Tem que apanhar de cinta” saiu na hora também. Tem narradores que escrevem bordões, anotam num papel. Eu deixo fluir. Provavelmente, já deixei vários pelo caminho. E se ficaram é porque não merecem ser lembrados, tudo naturalmente...
Um pouco dos dois. O lado financeiro, normalmente, é mais apreciado na TV. Mas há exceções, claro. Hoje, existe uma leva de profissionais de rádios que ganha muito bem. E merecidamente. Para mim, a troca veio por uma necessidade de se ganhar espaço. No rádio, há mais dificuldade em se crescer como narrador e naquele momento eu queria isso para minha carreira. Acabei saindo do rádio, mas levo-o no meu coração. Ainda voltarei um dia, mas hoje me vejo como um profissional de TV apesar de ter sonhado, quando criança, em trabalhar no rádio.
Humildemente, me considero um dos melhores. Há muitos ótimos narradores e eu sou fã de vários, mas me coloco entre eles também. A sensação de ser premiado pelo público é maravilhosa, não tem como descrever.
9- Você tem alguma meta ainda a ser alcançada em sua carreira? Olhando para essa, aponta algum erro?
Quero narrar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada na TV. Já fiz isso no rádio, agora é hora da TV. Erros? Vários, provavelmente. Mas não fico olhando pra trás. Vumbora pra frente...
Para o ano que vem, com certeza. Vem novidades por aí.
Agora, temos duas perguntas sobre a Seleção Brasileira:
Acho boa. O Mano tem sido muito criticado injustamente. Ele pegou a Seleção para renová-la e isso nunca é fácil. Muita gente pega no pé por motivos não corretos. Para as Confederações acho que teremos um time mais arrumado, mas temos que lembrar que o objetivo maior é 2014, não 2013...
90% desses que aí estão mesmo, não tem muito o que mudar. A principal mudança que eu faria, de cara, seria no gol. O Cavalieri seria o meu número 1.
Ouçam muito rádio (a maior escola da profissão ainda), leiam muito e se preparem. Treinem bastante. Se querem narrar profissionalmente, só há uma forma de se preparar bem – narrando muito. Comprem um gravador e narrem tudo o que tiver pela frente. Escutem as narrações, tenham autocrítica e corrijam o que estiver errado. É a repetição que vai fazer do camarada um grande narrador.
Um grande abraço e continuem ligados no Esporte Interativo! Vem muito mais por aí...
Mais uma vez gostaríamos de agradecer André Henning pela atenção e confiança depositada em nossa equipe.
Esperamos que vocês leitores tenham gostado.
Até breve,
Equipe Plantão do Futebol.
Créditos: William Rodrigues Ferreira e Matheus Leal (@matheusleal1) - autores e editores da entrevista.
Mais uma vez gostaríamos de agradecer André Henning pela atenção e confiança depositada em nossa equipe.
Esperamos que vocês leitores tenham gostado.
Até breve,
Equipe Plantão do Futebol.
Créditos: William Rodrigues Ferreira e Matheus Leal (@matheusleal1) - autores e editores da entrevista.