22 de set. de 2014

O Mineirão é nosso

"Quando entram em campo e a bola rola, é um universo paralelo onde conspira quem tem mais fé." Rafael Requeijo. 

Seria mais uma rodada normal. Com lances normais e gols normais. Errado! Foi uma rodada de clássicos, grandiosos por sinal. E em Minas não foi diferente. 
Para o Cruzeiro seria mais um jogo no Mineirão e esperança de mais uma vitória  como mandante. Coitados. Mal sabiam que Carlos e Tardelli estavam inspirados. Em clássico, prevalece quem está disposto a dar sangue, a última gota de suor. Prevalece quem não dá uma jogada como perdida e acredita até o fim. Prevalece quem acredita em um lance milagroso e único como um bom cruzamento de Emerson Conceição e sobe mais alto que a zaga adversária. Clássico é clássico. Todos números que o rodeiam é só um incremento para o grande show que estar por vim. Quando entram em campo e a bola rola, é um universo paralelo onde conspira quem tem mais fé.
Fé que o novo matador do Galo tem de sobra. O jovem atacante Carlos viveu tarde de herói, fez dois gols e deixou seu nome no livro dos clássicos. O eixo de equilibro, conhecido também como Tardelli, também deixou sua anotação, sendo agora o 10º maior artilheiro alvinegro do clássico. 
Como todos sabem, assim como o Cruzeiro nunca venceu o Atlético no Horto depois da sua reforma, o Galo também não havia derrotado o time celeste no Mineirão depois da sua reforma. Mas de certa forma isso não afetava muito a Massa, já que fazemos do Mineirão nosso salão de festas. Conquistamos uma Libertadores, uma Recopa e um mineiro - só não foram dois porque a arbitragem interferiu. Como o Cruzeiro não havia perdido no Mineirão nesta temporada, deu uma vontade a mais de ser o primeiro. O gigante da Pampulha precisava bater continência para o maior de Minas. Não foi diferente. Os 90% destinados a torcida do Cruzeiro se calou e assistiu Tardelli e Marcos Rocha fazerem alusão à maior goleada de todos os tempos do clássico. 

No fim do jogo, os jogadores alvinegros fizeram festa com a Massa e comemoraram muito a vitória. 
Agora, o Cruzeiro não sabe o que é vencer o Atlético, dentro ou fora de casa, há seis jogos. 

Na imagem, Carlos comemora seu primeiro gol contra o Cruzeiro. 
Por: Rafael Requeijo
Twitter: @rafaelrequeijo_