Talvez não pudesse haver notícia pior para o torcedor botafoguense do que a que ele recebeu nesta sexta-feira (24), as vésperas da primeira partida da final do Campeonato Carioca, diante do Vasco. A notícia? A suspensão de Jóbson por quatro anos, validada pela FIFA, devido a recusa em fazer um exame antidoping quando ainda atuava pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita, no ano passado. Com a validação da suspensão, o atacante não poderá atuar no domingo (26) diante dos cruzmaltinos.
Jóbson vinha tendo um 2015 muito acima das expectativas. O atleta do alvinegro é o artilheiro da equipe no campeonato estadual, juntamente com seu companheiro de ataque, Bill, com 6 gols, além de ser o grande destaque do time de General Severiano. É muito provavelmente a melhor fase do atacante na carreia, tanto que o Botafogo estava extremamente dedicado em conseguir sua renovação contratual, o que não parece estar acontecendo mais, já que as conversas para a formação de um novo contrato foram paralisadas imediatamente após o anúncio da suspensão. Jóbson e confusões parecem estar ligados fortemente.
Se levarmos em consideração todo o contexto envolvendo a final do Campeonato Carioca, ainda podemos destacar outro ponto, no mínimo, interessante. A força que o Vasco vem ganhando com a volta de Eurico Miranda. Até quando o cartola, aparentemente, não tem o que fazer para "favorecer" seu clube, ele conquista vitória nos bastidores, pois inegavelmente, mesmo nesse caso em que o Vasco e Eurico não tiveram influência alguma, o maior beneficiado será a equipe de São Januário.
Renê Simões e a comissão técnica botafoguense vão ter sérios problemas para repor a perda do atacante, mesmo tendo jovens promessas do alvinegro como opções, até porque se trata de um final de campeonato, e jogos como esse precisam de jogadores que chamam a responsabilidade, que se destacam, mesmo não sendo craques ou atletas fora de série, jogos como esse precisa de jogadores como Jobson, e ao menos na primeira partida dessa decisão, o Botafogo não o terá.
João Pedro Almeida