27 de abr. de 2015

O show de trapalhadas na final do Paulistão

O que faltou de polêmicas referentes a arbitragem nas semifinais do Paulistão, sobrou na primeira partida da grande decisão, neste domingo (27), entre Palmeiras e Santos, vencida por 1 a 0 pelo alviverde. Pênaltis marcados ou não, expulsões polêmicas, além de possível impedimento no gol palmeirense. Todos esses são ingredientes mais do que necessários para polemizar uma partida de futebol e o senhor Vinicius Furlan colaborou para incluir todos eles neste duelo decisivo.


A primeira grande polêmica veio justamente no lance mais importante do embate, quando Robinho, em posição irregular, fez um corta luz para Lucas cruzar para Leandro Pereira inaugurar o marcador. Apesar de não tocar na bola, Robinho claramente interfere no lance, o que entraria no mérito da tão contestada interpretação, já que a regra diz que o impedimento deve ser assinalado somente em caso de clara interferência no lance. Ao olhar da grande maioria essa interferência pareceu acontecer, porém, na visão do assistente e do árbitro, não foi exatamente isso o ocorrido.
A tão importante e quase sempre polêmica penalidade máxima também entrou em cena no Allianz Parque. Primeiro, ao não ser marcada, quando Rafael Marques foi tocado por Geuvânio na área e supostamente atrapalhando no lance. Depois, quando Leandro Pereira foi contido pelo zagueiro Paulo Ricardo, que segurou o atacante palmeirense desde a intermediária, mas o teoricamente o derrubou somente dentro da área. Desta vez, o lance resultou no penal, que acabou sendo desperdiçado por Dudu.
No lance do pênalti, Paulo Ricardo acabou expulso, contudo, a expulsão foi a maior prova de que Furlan estava completamente perdido, já que primeiramente expulsou David Braz, o confundido com Paulo Ricardo, precisando se corrigir e colocar pra fora o defensor correto. Foi mais uma “lambança” do condutor da partida, já que no intervalo, também expulsou tanto o técnico palmeirense, quanto o santista, alegando que ambos invadiram o campo após o fim da primeira etapa, o que é mais do que comum no futebol brasileiro.
Apesar de todas as confusões, é inegável que o alviverde foi extremamente superior e mereceu a vitória, talvez até por um placar mais elástico, no entanto, não deve deixar de se registrar que a cada dia mais a arbitragem vem tomando conta do futebol não só no Brasil, mas no mundo todo. Possíveis soluções não faltam, e independente de qual seja, elas precisam ser colocadas em ação o quanto antes, já que num campo de futebol, quem deve chamar a atenção são os 22 atletas, não o trio, que apesar de serem dados como os comandantes da partida, não deveriam passar de meros coadjuvantes.

João Pedro Almeida