28 de mai. de 2015

Minerazo – Parte II

É Cruzeiro. Você tinha tudo para estar nas semifinais da Libertadores 2015. Assim como seis anos atrás você tinha tudo para ir ainda mais além. Tinha tudo para ser campeão. E por mais incrível que pareça, mais uma vez no Estádio Governador Magalhães Pinto, você conseguiu se complicar de maneira ainda mais impressionante.
Em 2009, na final diante do Estudiantes, você ainda precisava vencer em casa para ser campeão. Desta vez não. Um simples empate bastava, mas ele não veio, e quem foi embora do Mineirão comemorando foram novamente os argentinos, desta vez do River Plate.


E você tinha mais fatores a seu favor. O River Plate era um verdadeiro freguês teu. Apenas três vitórias em 13 jogos, que agora passam a ser quatro, justamente, quando o time mais precisou aumentar esse número.
Isso sem falar no domínio que você exerceu na primeira partida. Uma atuação compacta e inteligente, que não chegou a ser surpreendente, mas encheu de orgulho o peito dos seus torcedores.
E talvez seja justamente todas essas vantagens que tenham te derrubado. Ou melhor, iniciado sua queda. Porque não se pode ignorar de maneira alguma o poder dos Millonarios. A estratégia de Gallardo de te pressionar desde o início surtiu resultado. Mesmo sendo a opção mais óbvia, o time argentino foi eficiente e fez os três gols que necessitava para ir para casa classificado. E isso o faz merecer todos os méritos.
É Cruzeiro. Mais uma vez em casa, não só como foi diante do Estudiantes, mas como em outras 11 oportunidades, você caiu dentro de casa. Mais uma vez depois de uma temporada anterior em que fez seu torcedor ao menos pensar um “agora vai”. É Cruzeiro, o tri-campeonato da América vai ter que esperar mais um pouco.

João Pedro Almeida