Depois de estaduais bem diferentes, as equipes têm ao menos
algo em comum para a estreia do Brasileirão: ambas convivem com realidades
diferentes em relação ao ano passado. E tais diferenças prometem dificultar a
vida dos dois clubes. O Fluminense vem passando por um processo de reconstrução
após a saída do seu principal patrocinador, e o Joinville disputa pela primeira
vez a Série A nacional na era dos pontos corridos, pois a última
participação foi há 28 anos. De positivo, o clube catarinense conta com a
participação no estadual, que trouxe o título (apesar de ainda não confirmado
por pendências no tribunal), enquanto o tricolor teve uma campanha decepcionante
no Carioca.
Com a eliminação nas semifinais do estadual, o técnico
Ricardo Drubscky teve bastante tempo para preparar a equipe para a competição
mais importante do ano, além de poder observar alguns reforços e mudar o time.
Porém, dos recém-contratados Pierre, Antonio Carlos, Breno Lopes e Magno Alves,
apenas o primeiro deve ser titular. O Magnata corre por fora para caso o
artilheiro Fred não jogue. Dessa forma, com nomes parecidos porém com estilo de
jogo diferente em relação ao Cariocão, o Flu deve formar com: Diego Cavalieri;
Welligton Silva, Marlon, Gum e Giovanni; Pierre, Edson, Jean e Gerson; Kenedy e
Fred. Apesar do longo tempo de treinamento, ainda há algumas dúvidas: o reforço
Antonio Carlos chegou a ser testado no time titular na vaga de Marlon, e em
relação ao meio, Gerson, Wagner e Vinicius brigam pela mesma vaga, com a jovem
promessa tendo mais chances.
Já no JEC, a tendência é a base do estadual ser mantida, uma
vez que foi vitoriosa e os jogadores contratados para a competição nacional
ainda não estão em condição de jogo. Para a estréia, o técnico Hemerson Maria
tem apenas uma dúvida, que interfere inclusive no estilo de jogo da equipe. A
formação tende a ser com: Oliveira; Suelinton, Bruno Aguiar, Guti e Rogério;
Naldo, Wellington Saci (Anselmo), Augusto Cesar e Marcelo Costa; Wellinton
Junior e Kempes. Caso jogue o voltante Anselmo, o time provavelmente fica mais
defensivo, o que não seria nenhuma surpresa atuando fora de casa contra um
grande do futebol brasileiro. Vale lembrar que o técnico do Joinville tem
alguns importantes desfalques, como o titular Tiago Luis, ou Rafael Donato e
Rafael Durlan, todos contundidos.
O duelo ocorre sábado (9), às 21h, no Maracanã. A
expectativa é de um bom público, pois a torcida tricolor promete fazer uma bela
festa. O tricolor conta ainda com semelhanças em relação à estreia do ano
passado para começar bem: em 2014, o primeiro jogo do Fluminense também foi em casa, diante de um time catarinense, com bom público. Trinta mil
tricolores assistiram à fácil vitória de 3 a 0 em cima do Figueirense. Para o
Joinville, a esperança é arrancar pontos fora de casa. O time modesto, porém
encaixado, não deve ter grandes ambições no brasileiro, e qualquer empate ou
vitória contra gigantes do futebol brasileiro será essencial, principalmente
fora de casa.
Por: Bernardo Machado (@BeNGMachado).