Assim que chegou à sala de imprensa do estádio, Osorio pediu a palavra e disse que falaria em castelhano, sua língua mãe, para não haver dúvidas do que diria. Ele comentou sobre a atitude do árbitro Anderson Daronco, que o expulsou no intervalo da partida.
"Assumo a derrota de hoje. E quero pedir desculpas aos nossos torcedores, porque não há quatro gols de diferença entre o São Paulo e o Palmeiras. E quero pedir desculpas a Milton Cruz, por ter deixá-lo sozinho ao ser expulso.", disse Osorio.
"Trabalhei na América e na Inglaterra, que respeitam o ser humano. E no Brasil, não sabia que os árbitros eram intocáveis. Achei que os jogadores eram assim, os protagonistas" disparou, em tom elevado.
O técnico do São Paulo reclamou do cartão amarelo de Bruno, aplicado no primeiro tempo, depois de o lateral-direito reclamar de um lateral não marcado a favor do Tricolor Paulista. A nova recomendação dada aos árbitros é para combater este tipo de situação e muitos jogadores têm reclamado do rigor da medida.
Osorio, então, ficou esperando Daronco após o apito que finalizou o primeiro tempo e, segundo ele, apenas perguntou o porquê do cartão, sendo expulso. O colombiano disse que não sabia dessa regra de não falar e o fez no corredor de aceso ao vestiário.
"Não sabia. E repito, estamos falando de duas culturas que são líderes no planeta. Inglaterra e Estados Unidos se pode falar, com educação, cara a cara, com qualquer ser humano, e o resto do mundo tinha de ser igual. Não sabia disso, não tinha conhecimento", analisou.
Na próxima quarta-feira, o São Paulo volta a campo contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, e Osorio não poderá comandar o time, já que foi expulso. Milton Cruz ou um dos assistentes trazidos pelo técnico colombiano devem assumir o banco.
