Expectativa, euforia, desconfiança e insatisfação. Por parte do Fluminense, da torcida e do próprio jogador, foram resumidamente os quatro sentimentos que rondaram às Laranjeiras na passagem de Ronaldinho Gaúcho. Foram meses de negociação até sua apresentação, em julho deste ano. O Tricolor vinha fazendo uma boa campanha no Campeonato Brasileiro e a vinda do camisa 10 foi comemorada como uma cereja no bolo de um ano que parecia perdido.
Ronaldinho teve apenas dezesseis dias de treinos junto ao seu novo elenco até sua estreia. Que foi com vitória. Contra o Grêmio, no Maracanã. Mesmo sem uma atuação brilhante, o camisa 10 participou do gol da vitória tricolor.
No entanto, as atuações apagadas do craque começaram a causar desconfiança. Ronaldinho chegou a ficar partidas sem atuar. Seja ficando no indesejável banco de reservas, ou mesmo sequer sendo relacionado para as partidas. Ao todo, Ronaldinho Gaúcho atuou em nove jogos, não deu nenhuma assistência e não fez nenhum gol.
Os oitenta dias do craque no Tricolor carioca não convenceram, e a insatisfação e frustração puderam ser percebidas em seu último jogo, contra o Goiás. A torcida cobrava das arquibancadas, e no gramado, R10 se mostrava frustrado por não conseguir corresponder às expectativas.
A rescisão de contrato de Ronaldinho define o fim de uma passagem rápida e apagada de Ronaldinho Gaúcho nas Laranjeiras.
Na tarde desta terça-feira, o vice de futebol do Fluminense, Mário Bittencourt, falou sobre a saída do jogador:
"O Fluminense não errou. O Fluminense aproveitou uma oportunidade. Ontem (segunda-feira), de maneira grandiosa, (Ronaldinho Gaúcho) foi muito claro ao dizer que não estava dando ao Fluminense a reciprocidade que o clube merecia. Fizemos tudo para que ele pudesse melhorar o futebol dele", disse o dirigente.
Sem Ronaldinho, o Fluminense encara o Grêmio nesta quarta-feira, 30, pelo segundo jogo das quatas de final da Copa do Brasil, em Porto Alegre 22 horas
