6 de jun. de 2014

Plantão da Copa - Grupo D: Campeãs mundias brigam por apenas duas vagas no temido grupo da morte

Bem amigos do Plantão do Futebol, é chegada a grande hora da disputa do maior torneio mundial - a Copa do Mundo de Futebol. Ah, como diria Galvão Bueno, haja coração pra essa disputa. E, atento ao gosto elevado da leitura de vocês, estamos lançando algumas crônicas sobre os grupos da competição desse ano. Essa será a primeira - de muitas - Copa do Plantão e nós traremos todos os detalhes para vocês, começando com esse guia de cada grupo e cada seleção que estará em nosso país. Afinal, como diz nosso slogan, informar é a nossa missão!

Posts anteriores:


GUIA DO GRUPO A
GUIA DO GRUPO B
 
 
 
COSTA RICA


CAMINHO ATÉ AQUI:

Com um pouco mais de 4 milhões de habitantes, a Costa Rica se prepara para a sua quarta participação em Copas do Mundo. Ocupando hoje a 31ª posição no ranking da FIFA, a seleção garantiu sua classificação após uma longa jornada nas eliminatórias

Como a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF) não conseguiu as quatro vagas direto para a Copa no Brasil, o formato das eliminatórias foi composto por quatro etapas. A primeira consistia em que as seis primeiras equipes no ranking das seleções da CONCACAF entrariam a partir da terceira etapa. Como atualmente a Costa Rica ocupa a 5ª colocação, ela entrou depois junto com Estados Unidos, México, Honduras, Jamaica e Cuba; além das equipes que se classificaram disputando as duas primeiras etapas. Foram divididas em três grupos dos quais os dois primeiros de cada seguiam rumo a quarta e última fase. Na terceira fase a seleção caribenha disputou com México, El Salvador e Guiana. Após três vitórias no grupo, se classificou em segundo lugar, atrás da seleção mexicana

Na quarta fase, as seis seleções sobreviventes formaram um único grupo do qual os três primeiros garantiram seu passaporte rumo ao Brasil e o 4° disputou a repescagem internacional contra a equipe campeã da Oceania. 

Os Costa Riquenhos conquistaram o segundo lugar e classificação direta para Copa do Mundo após cinco vitórias, três empates e duas derrotas. Além de ter tido a melhor defesa da competição, sofrendo apenas 7 gols em 10 jogos. 

CONVOCAÇÃO:
 
Dos 23 escolhidos, nove jogam no seu próprio país. Os demais se espalham por vários outros como Espanha, Bélgica, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Noruega, Holanda e Rússia. A seguir a lista dos selecionados:

HISTÓRICO: 

Apesar de ser a terceira equipe mais bem sucedida da CONCACAF, a seleção em 2014 irá disputar apenas sua quarta copa (1990, 2002, 2006 2014). Sua melhor colocação foi 16º, quando chegou até as oitavas de final no ano de 1990, em sua primeira participação. 

EXPECTATIVA:
A Costa Rica faz parte do apelidado “grupo da morte”, fazendo companhia a 3 campeãs mundiais: Itália, Inglaterra e Uruguai. Porém os jogadores acreditam que podem fazer bonito e conseguir surpreender a todos. 

“Não é segredo para ninguém que esse é o grupo da morte. Temos três adversários à frente que são potências e que já foram campeões. Mas como dizemos: esta é uma nova história”, disse o zagueiro Giancarlo González em entrevista no site da Fifa, publicada nesta terça-feira. 

PALPITE: 

Apesar de ter feito um bom papel nas eliminatórias, as chances de classificação para o mata-mata da Copa são mínimas. Talvez quem conseguir fazer mais gols na Costa Rica ganhe vantagem com o saldo que nesse grupo tem tudo para ser o fator de desempate.

INGLATERRA


A seleção inglesa tinha um caminho fácil nas eliminatórias, pelo menos teoricamente, e confirmou em campo a tese com 6 vitórias, 4 empates e nenhuma derrota. Garantiu seu passaporte rumo ao Brasil em um grupo que tinha, além dela, a Ucrânia (segunda classificada), Montenegro, Polônia, Moldávia e San Marino. Com direito a duas goleadas sobre San Marino com os placares de 5 a 0 e 8 a 0, respectivamente, os ingleses passearam. Só tiveram dificuldades quando bateram de frente com a boa seleção Ucraniana e não conseguiram vencer nenhum dos dois jogos, empatando por 0 a 0 e 1 a 1. Com a classificação obtida e o bom trabalho feito, só restou aos jogadores esperarem pela convocação final do técnico Roy Hodgson. 

CONVOCAÇÃO: 

No dia 12 de maio saiu a lista definitiva dos convocados para o mundial no Brasil. O time com o maior número de selecionados foi o Liverpool, com 5 atletas chamados


HISTÓRICO:

Há 48 anos na fila, a seleção inglesa tenta seu bicampeonato. Taça que faria companhia à conquistada no ano de 1966, onde ela foi campeã do mundo de forma invicta com 5 vitórias e 1 empate. De lá pra cá, o máximo que conseguiram foi chegar às quartas de final em quatro oportunidades (1970,1986,2002 e 2006). No último mundial caíram nas oitavas perante a seleção alemã, derrota por 4 a 1. 

EXPECTATIVAS

Devido a uma eliminatória tranquila, os ingleses esperam ter um bom desempenho no Brasil, ou pelo menos quebrar a sina das quartas de final.
PALPITE:

A Inglaterra sempre foi aquela seleção que teve nomes famosos mas nunca conseguiu ser realmente competitivo em copas. Nem o “quadrado mágico” com Lampard, Gerrard, Beckham e Owen resolveu o problema. Dessa vez o técnico optou por apostar numa mistura de jogadores veteranos e jovens, além de aproveitar o momento dos atletas do Liverpool, que apesar de não ter sido campeão inglês, fez uma incrível temporada. O problema foi ter caído no dito “grupo da morte”. Itália e Uruguai atualmente impõem mais respeito, mas os ingleses vêm empolgados. Se conseguir passar da primeira fase, chega no mata-mata forte.

                                             ITÁLIA                                       
Montolivo, na foto, foi cortado por lesão
O CAMINHO ATÉ AQUI:

A Azzurra, assim como neste Mundial, encontrou uma chave difícil nas eliminatórias europeias. Contando com as fortes Dinamarca e Republica Tcheca em seu grupo, além de Bulgária, Armênia e Malta. Porém, os italianos, mostraram-se fortes e não deram chances aos adversários, conquistando antecipadamente a primeira posição do grupo e a vaga direta na Copa do Mundo, com 22 pontos ganhos, 6 de vantagem sobre a Dinamarca, a segunda colocada. Durante a campanha, os tetra campeões mundiais, não foram derrotados, conquistando 6 vitórias e 4 empates, além de marcarem 19 gols e sofrerem apenas 9. Classificação antecipada que acabou sendo prejudicial a Itália, já que a equipe acabou relaxando e conseguiu apenas dois empates nas ultimas duas rodada da seletiva para a Copa, o que fez a seleção cair no ranking da FIFA, e lhe tirar assim, o posto de uma das oito cabeças de chave do Mundial. O destaque da seleção durante as eliminatórias, foi o polêmico, mas eficiente, Mario Balotelli, que anotou cinco gols em cinco jogos. Quantia pequena de jogos, pois o atacante do Milan, também foi o mais indisciplinado, já que recebeu três cartões amarelos e um vermelho, o que o deixou de fora de dois jogos por suspensão.

Esse ano de 2014 vem preocupando os italiano. A começar pelas lesões que tiraram duas importantes peças do técnico Cesare Prandelli. Um deles, Giussepe Rossi, até chegou a se recuperar de sua lesão, sofrida em janeiro, no entanto, não voltou a tempo de convencer o treinador italiano de que estaria em plenas condições durante o Mundial. Já Riccardo Montolivo teve um problema bem maior. O atleta do Milan fraturou a tíbia no último amistoso italiano e virou desfalque certo no meio campo da Itália. Os amistosos também são motivos de preocupação, já que nos três realizados nesse ano de 2014, ainda não venceu. O primeiro diante da Espanha, foi um derrota aceitável por 1 x 0 em jogo até certo ponto equilibrado. A partida diante da Irlanda, preocupou, não só pela lesão de Montolivo, mas também pelo mal futebol apresentado e o empate sem gols com uma seleção relativamente fraca. Fechando essa lista de jogos amigáveis, a seleção de Prandeli também não conseguiu vencer a seleção de Luxemburgo, no entanto, dessa vez, mesmo com outro empate, apresentou um futebol um pouco mais animador, o que já pode ser um alento para os italianos.

CONVOCAÇÃO:


HISTÓRICO:

A Itália, juntamente com a Alemanha, é a segunda seleção que mais esteve em Copas do Mundo, com 18 participações, ficando atrás apenas do Brasil, que esteve presente em todos os Mundiais. Com quatro títulos mundiais, é também a segunda seleção com mais títulos, ficando mais uma vez atrás da seleção canarinho, que é penta campeã mundial. Os títulos da seleção italiana, vieram em 1934, 1938 (primeira seleção bicampeã mundial), 1982 e 2006. Sendo que a melhor campanha foi em 1938, quando venceu os quatro jogos que disputou. A Azzurri, também já foi vice-campeã duas vezes, em 1994 e 1970, onde foi derrotada pela seleção brasileira, nas duas finais. Porém, esse histórico de respeito não se repetiu na ultima Copa. Quando conquistou apenas dois empates e foi derrotado pela Eslováquia, assim parando na primeira fase. A trato de curiosidade, a maior vitória italiana em Mundiais, foi um 7 x 1 sobre os Estados Unidos em 1934, já a maior derrota, foi na final da Copa de 1970, diante do Brasil, por 4 x 1.

EXPECTATIVAS:
Mesmo com a boa campanha nas eliminatórias, o grupo da morte assusta muito os italianos, principalmente pelo que vem acontecendo nos últimos meses, como as lesões e a má atuação nas ultimas partidas. As esperanças para um momento melhor na seleção durante a Copa, ficarão depositadas nos atletas mais experientes do grupo, como Buffon, Chiellini, Pirlo e De Rossi, além, obviamente, do artilheiro e grande destaque de equipe, Mario Balotelli. Os confrontos contra Uruguai e Inglaterra, provavelmente decidirão o destino do grupo, o que deverá atrair uma atenção maior dos italianos para essas partidas, no entanto, deve ser lembrado o Mundial de 2010, quando a Itália, foi derrotada pela fraca Eslováquia, ou seja, o confronto diante da Costa Rica, não deve ser ignorado. Mesmo com esses poréns, a Itália, se apresenta como uma das favoritas a vaga na próxima fase, já que a confiança de ao menos uma vitória diante dos concorrentes diretos e a chance dos três pontos diante da Costa Rica, é grande.

PALPITE:

Mesmo com uma seleção não passando confiança, camisa irá pesar. Cai nas quartas.

                                          URUGUAI                                         

O CAMINHO ATÉ AQUI:


O Uruguai passou sufoco para conseguir a classificação para o Mundial em terras brasileiras. Tanto que precisou ir até a Jordânia, na disputa da repescagem, para confirmar seu passaporte. E tudo isso graças ao simplório quinto lugar na repescagem sul-americana, que desta vez, ainda não contava com o Brasil, já classificado como país sede. Com apenas 7 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, os uruguaios ficaram atrás do Equador no saldo de gols, e com isso não conseguiram a conquista da vaga diretamente, tendo assim que enfrentar a repescagem mundial, diante da frágil seleção da Jordânia. No entanto, o maior adversário celeste foi apenas a distância. Com um tranquilo 5 x 0, conquistaram a vaga praticamente já no primeiro jogo, em território adversário, podendo apenas empatar sem gols, no jogo da volta em casa. Mesmo com a fraca campanha, o grande destaque da seleção bi-campeã mundial conseguiu mostrar seu futebol em grande estilo. Luis Suárez, foi o artilheiro das eliminatórias, superando "apenas" o quatro vezes melhor do mundo, Lionel Messi, que marcou 10 gols, um a menos que o atacante uruguaio.

Esse ano, apesar de não ter enfrentando nenhuma seleção de alto nível, o Uruguai, não vem decepcionando, apesar de também não empolgar tanto. Das três partidas que fez, venceu duas e empatou uma. Sendo que o empate foi diante da Áustria, no país europeu, e nos outros dois, dentro de casa, já com a seleção que disputará a Copa do Mundo, venceu Irlanda do Norte e Eslovênia, por um a zero e dois a zero, respectivamente.

CONVOCAÇÃO:


HISTÓRICO:

Das quatro primeiras Copas do Mundo, duas taças foram para o território uruguaio. E de lá pra cá, é apenas isso que a seleção celeste conquistou em Mundiais. Com participação em apenas doze edições, o Uruguai, não se mostrou em todas elas o temido adversário que foi nos primeiros torneios. Sendo campeão da unica edição sem uma final propriamente dita, em 1950, a seleção sul-americana, chegou em apenas uma decisão, que foi em 1930, na primeira edição, dentro de casa, onde também venceu. Desde os últimos títulos, as melhores participações foram três disputas de semifinais, em 1954, 1970 e 2010, sendo que na última foi onde voltou a mostrar sua força em Copas do Mundo, sendo disparadamente, a melhor seleção da América do Sul no torneio. A maior vitória uruguaia na história do torneio aconteceu em sua "era de ouro" , em 1950, diante da Bolívia, em um sônoro 8 x 1. Enquanto a maior derrota, foi em seu período de más campanhas, em 1986, quando foi derrotada pela Dinamarca, por 6 x 1.

EXPECTATIVAS:
Provavelmente a seleção que mais se aproveitará da grande surpresa da temporada europeia, o Atlético de Madrid. São três jogadores do atual campeão espanhol, e a maioria deles, justamente onde a seleção mais precisava, a defesa. Com uma zaga de idade avançada e considerada por muitos, sem grande parte da força de quatro anos atrás, a presença de Godin, em ótima fase, pode mudar esse panorama. Se a defesa não é de tanta confiança, o mesmo não pode se dizer do ataque, que é considerado um dos melhores do mundial, se não é o melhor, contando com Luis Suárez e Edinson Cavani, dois dos maiores atacantes do mundo no momento. Esse desequilíbrio pode pesar contra os celestes, porém o diferencial da seleção pode ser o meio-campo, que mesmo não sendo dos melhores, tem muita qualidade e pode tanto auxiliar na defesa, quanto consagrar ainda mais a dupla de ataque. Sendo improvável um resultado que não seja a vitória diante da Costa Rica, o grande desafio nessa fase de grupos deverá ser superar ao menos um, entre Itália e Inglaterra, o que não chega a ser nada fora do comum, já que ambas as seleções, também não estão em seus melhores momentos. Sendo assim, não é o esperando, mas a chance de um novo maracanzo não pode ser descartada em hipótese alguma.

PALPITE:

Briga com Itália e Inglaterra por uma das vagas, porém, como aqui é um mero palpite, cai na fase de grupos.

Bom, leitores, espero que tenham apreciado a leitura e, principalmente, conhecido um pouco mais a história e as expectativas de cada equipe.

Por: João Pedro Almeida - Itália e Uruguai - @joaopedroal e Marcus Vinícius - Costa Rica e Inglaterra - @_oMarcus