8 de jul. de 2015

Novidades questionáveis e sem reformulação: a Seleção após o 7 a 1

"Mano Menezes assume a Seleção Brasileira e é o responsável pela reformulação da equipe".

"Dunga assume a Seleção Brasileira e é o responsável pela reformulação da equipe".

As duas manchetes são ilusórias, mas muito provavelmente você leu ou ouviu algo parecido em algum lugar. Após a eliminação da Seleção Brasileira para a Holanda, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, Dunga foi demitido do comando técnico e Mano Menezes foi anunciado para comandar a reformulação da equipe.

Mano Menezes acabou ficando pelo caminho. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) considerou que as atuações da Seleção não eram satisfatórias e, no fim de 2012, anunciaram o retorno de Luiz Felipe Scolari, comandante do pentacampeonato, em 2002. O nome de Felipão foi questionado devido aos últimos resultados do treinador com o Palmeiras, que foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro naquele ano.

Os resultados de Felipão e o que motivou a saída do treinador da Seleção Brasileira, nós já sabemos. Dunga assumiu o time canarinho após o mundial de 2014 com o mesmo objetivo de Mano Menezes: reformular a equipe.

Segue de Dunga segue com o fantasma do 7 a 1 e muitas críticas
(Foto: Leo Correa/Mowa Press)
De fato, Dunga tem dado espaço para jogadores jovens, como pretendia a CBF. Porém, alguns nomes têm sido questionados. Daniel Alves, que vinha tendo boas apresentações pelo Barcelona, estava sendo preterido por Fabinho, lateral que atua no Monaco/FRA e era desconhecido pelos brasileiros. Daniel só foi convocado para a Copa América por causa da lesão de Danilo.

Embora estivesse se destacando no Hoffenheim/ALE, Roberto Firmino também era desconhecido para torcedores brasileiros. Foi até bem em alguns jogos na Seleção, mas naufragou junto ao time no duelo contra o Paraguai, nas quartas de final da Copa América.

É verdade que, em contrapartida, poucos nomes diferentes estavam se destacando. Mas, entre eles, Marcos Rocha, lateral do Atlético-MG eleito o melhor da posição no futebol brasileiro nos últimos anos, está mais em evidência que o Fabinho. Apesar de ter poucas falhas pela Seleção, até mesmo à titularidade absoluta de Jefferson é questionável. O goleiro está defendendo o Botafogo na Série B do Campeonato Brasileiro, enquanto Diego Alves tem se destacado há alguns anos no futebol espanhol.


Observando a lista dos jogadores convocados para a Copa América, vamos ver que poucos são novidades. Até mesmo Robinho voltou a figurar na lista da Seleção. É compreensível que a reformulação tenha que acontecer também nos clubes brasileiros, mas as convocações podem ser feitas com um critério mais detalhado.