O futebol bonito, ofensivo, que vinha encantando o Brasil nas ultimas semanas deu indícios de que pode estar em baixa no Galo, mesmo depois de um primeiro tempo ofensivo, apresentado neste domingo, porém, a partida diante dos palmeirenses, mostrou também que as vezes é preciso saber fazer apenas o necessário, para poder manter-se em alta. E foi justamente isso que os comandados de Levir Culpi fizeram.
Assim que a equipe tomou o gol de Andrei Girotto, logo no começo da partida, a postura atleticana foi a mesma que estava sendo vista nos jogos que encantaram o torcedor. Uma equipe atuando em cima do adversário, buscando incansavelmente o gol, com uma única diferença, o ultimo passe antes da finalização, que não estava saindo de maneira correta.
E foi justamente quando esse último passe encaixou que surgiu o empate. Leandro Donizete cruzou, e Lucas Pratto, deixou tudo igual. A partir daí sim, surgiu uma blitz. Entre o empate e o segundo gol, por duas vezes a equipe ficou próxima da virada, que veio somente quando Lucas fez uma carga nas costas de Giovanni Augusto dentro da área, e cometeu pênalti, que Lucas Pratto, novamente, converteu.
O primeiro tempo foi do Galo arrasador, do futebol bonito. Já o segundo foi do time eficiente, que joga pelo resultado. Com exceção da chance clara, perdida por Luan no começo da etapa final, só deu Palmeiras nos últimos 45 minutos.
Foram ao menos cinco grandes oportunidades para os visitantes empatarem e até mesmo virarem novamente o marcador, contudo, a eficiência da defesa atleticana surgiu. Foram duas bolas salvas quase em cima da linha, que mantiveram o resultado a favor do Atlético e mostrou que as vezes a eficiência precisa aparecer mais do que o encanto.
Essa mistura de características opostas pode render muito ao Galo. É necessário saber o momento de se utilizar cada uma delas. Se ambas forem utilizadas com precisão, como diante do Palmeiras, os adversários que se cuidem, pois o Atlético pode se tornar ainda mais forte.
João Pedro Almeida